Análise - The World Ends With You



Rapidinha
Gênero: RPG
Desenvolvedora: Square Enix
Plataforma: DS

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A morte é só uma questão de tempo

RPG's e/ou jogos de estratégia são gêneros muito comuns em portáteis, e muitos deles chegam a parecer até cópias uns dos outros. Neste caso The World Ends With You (geralmente abreviado como TWEWY), não chega bem a ser uma excessão (principalmente no enredo), no entanto consegue ter todo um conceito próprio por trás.


Até eu que não sou fã deste tipo de gênero tenho que tirar o chapéu pra ele. Este jogo tem algo que praticamente o "prende" por horas e horas, sem falar que o jogo utiliza boa parte dos recursos do portátil, o que geralmente sempre acaba em tragédias ou em jogos simplesmente espetáculares (como é o caso deste).

O jogo conta a história de um adolescente anti-social chamado Neku, que descobre que está morto e que só poderá voltar à vida participando de um "jogo" onde precisa da ajuda de mais uma pessoa. Logo no início do jogo ele conhece uma garota chamada Shiki, que é exatamente o oposto dele (algo extremamente clichê) e assim ambos saem ao redor do bairro de Shibuya. No entanto eles vivem num plano onde eles podem ver e até interagir com humanos, mas os humanos por sua vez não podem enxergar os tais "jogadores".

As regras do tal jogo, chamado de Reaper's Game (algo em português para Jogo dos Ceifadores) são bastantes simples, você tem um certo período de tempo para cumpir as missões desejadas pelos líderes do jogo, os Game Masters (abreviado apenas como GM), caso o contrário você simplesmente deixa de existir. As missões geralmente se baseiam em derrotar os inimigos (noises), que são uma espécie de espíritos ruins que atrapalham a vida das pessoas presentes no local, e após completar estas missões você deve derrotar o GM que te deu o desafio e assim você pode voltar à vida. Porém, ao finalizar as missões imprevistos sempre acontecem e você é obrigado a continuar no jogo para não desaparecer, e assim acaba encontrando outros participantes pelo caminho que acabam se ajudando mutuamente.


O sistema de combate é algo mais ao estilo "ação" onde você é que faz todos os movimentos do personagem, nada automático como os RPG's de costume. Você executa todas as ações de seu personagem pela Stylus (o que acaba sendo extremamente frustante na maior parte do tempo) que fica na parte de baixo da tela. E fora seu personagem, você pode (ou não) controlar seu parceiro que obviamente está presente na parte de cima da tela usando os controles do D-pad.

O jogo também conta com um esquema de "pins", que são uma espécie de botões que te dão poderes e habilidades durante as lutas. Você geralmente os consegue lutando, onde estes podem ser vendidos ou trocados por outros pins que podem conter mais poder. Há também outros itens que podem ser comprados em lojas durante o game que também dão novas habilidades, como uma camisa que funciona de armadura, sapatos novos que te dão mais velocidade e, óbvio, alimentos que aumentam sua energia.

Um ponto peculiar são as músicas. O acervo musical do game se baseia em Pop Rock/Hip Hop japonês, algumas músicas até cantadas e com qualidade excelente. E, embora combine perfeitamente com o tema do jogo, quem não gosta do ritmo certamente deverá jogá-lo no mudo.


Outro ponto forte do jogo é a arte, os gráficos dos personagens são muito bem desenhados e possuem uma longa variedade de sprites, as cutscenes têm o tempo ideal, nem curtas e nem longas demais. Mas o melhor mesmo são os cenários que praticamente são cópias idênticas de vários locais japoneses, o que na minha opinião é algo bem criativo.

Pra finalizar, se procura algo com o que já está acostumado, mas de uma visão totalmente diferente, The World Ends With You é altamente recomendável.

O Veredicto
História: 9.0 - Intrigante e surpreendente. E embora com tantos clichês, consegue ainda transmitir algo original.
Gráficos: 8.5 - Gráficos agradáveis e super detalhados, até mesmo o menor dos itens tem detalhes bem peculiares.
Som: 8.0 - Os personagens tem vozes que combinam, os sons de fundo e de efeitos também estão muito bons. Entretanto as músicas são questão de gosto, podem ser muito boas ou muio ruins.
Gameplay: 7.0 - É o ponto fraco do game, usar a stylus em todos os pontos do game tem suas desvantagens.
Nota Final: 8.1 - Muito bom. Recomendado!

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Confira um gameplay do jogo:



Rafael S.

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