Análise - The Simpsons Game (Wii)

Rapidinha
Gênero: Ação
Desenvolvedora: Eletronic Arts
Plataforma: Wii

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Os Simpsons já estrelaram jogos de corrida, skate e até mesmo luta livre, todos não deram muito certo no final das contas, foram um fracasso de vendas e receberam notas baixas da crítica. Foi em Hit & Run que a família mais divertida da TV conseguiu finalmente, um bom jogo. Será que em The Simpsons Game aconteceu o mesmo?

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Na trama, Bart vai para a loja de jogos e convence o vendedor à lhe deixar comprar o novo e violento Grand Theft Scratchy, que logo é confiscado por Marge. Enquanto Bart resmunga, um manual de videogame cai do céu, bem na sua frente. Após dar uma lida, o garoto descobre que ele e sua família tem poderes especiais. O jogo é dividido em episódios, na versão para o Wii não há mundo aberto, presente apenas nas versões para os consoles HD. No total são 16 episódios, quase uma temporada. Cada episódio tem sua própria história , alguns são continuações de outros. Não apresentam dificuldade elevada e são até bem fáceis de serem completados, basta ter um pouco de paciência, pois alguns são bem cansativos em questão de tempo. Há cutscenes para cada episódio, em alguns episódios podem ter 2 ou mais, parecendo muito com um episódio atual da série.

As histórias de cada episódio são bem simples de se entender, mesmo você não tendo um bom conhecimento do inglês, você poderá saber do que se passa através das cutscenes, que podem ser puladas. Pena que os episódios apresentam elementos já bastante conhecidos pelos fãs da série, como um ataque alienígena causado por Kang e Kodos, um ataque de estátuas gigantes, etc. Desaponta os fãs mas alegra aos novatos. Há também referências a jogos como GTA e Medal of Honor.

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Os gráficos do jogo ficaram fiéis a série, tanto os moradores quanto os lugares de Springfield ficaram exatamente como são na série. Mas o que realmente se parece com um episódio são as cutscenes que, se comparadas a um episódio atual da série, não há diferenças. Já os gráficos do jogo em si não ficaram exatamente iguais a série, o que não tira o mérito da parte gráfica do jogo. A EA certou em cheio deixando as cutscenes e os personagens parecidos como são na série do que em 3D, como foi em Hit & Run. Um ponto negativo é que alguns vídeos durante um episódio misturam os gráficos do jogo com os gráficos das cutscenes.

O som do jogo é composto pelas vozes, músicas e sons das fases. As vozes dos personagens foram dubladas pelos dubladores americanos da série. Não há muita música no jogo, o ritmo ela fica de acordo com o que se passa na fase, cumpre seu papel. Os sons de algumas fases não ficaram bons, ruídos de algumas fases "machucam" os ouvidos e farão você querer abaixar o volume da televisão, como na fase da fábrica.

Os controles são simples e respondem bem, o que não é bom é o fato de você ter que fazer certos movimentos com o Wii Remote e o Nunchuk para realizar alguns especiais dos personagens. Todos os personagens tem seus especiais, que são ganhados ao longo do jogo. Todas fases são jogadas por dois personagens, em algumas podem ser Bart e Homer, Lisa e Bart, Marge e Lisa, etc. E também possuem itens colecionáveis para os personagens que estão sendo controlados, na maioria das vezes alguns são difíceis de ser encontrados e você acabará desistindo de pegá-los.

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The Simpsons Game tem gráficos fieis a série, sons quase bons (se não fosse pelos sons de algumas fases), histórias para os episódios bem meia-bocas e, por causa dos movimentos, jogabilidade um tanto quanto confusa. Consegue agradar aos que pouco conhecem a série, mas desaponta aos fãs por não ter um mundo aberto e por ter elementos já conhecidos na série.

O Veredicto
História: 7 - Cada episódio tem sua história, alguns são continuações. Pena terem histórias meia-bocas e elementos já vistos na série.
Gráficos: 8 - Fiéis a série, cutscenes iguais a episódios atuais da série e gráficos do jogo em si quase iguais. Pena alguns vídeos no decorrer das fases misturarem os gráficos do jogo com os das cutscenes.
Som: 6 - Dubladores americanos fizeram as vozes que nós vemos nos episódiose músicas razoáveis, sons de jogo farão você querer abaixar um pouco o volume da televisão.
Gameplay: 7.5 - Tem um número de fases pequeno e a jogabilidade seria boa, se não fosse pelos movimentos para fazer certos especiais.
Nota final: 7.1 - Bom

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Confira dois gameplays do jogo:






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Carlos


Os melhores do ano - Premiações BDG

2010 acabou, e foi um grande ano para os games. Vários jogos e franquias amadas, novos consoles, novas tecnologias... e, é claro, um novo blog, o Blog do Gamer. E, agora que o ano acabou, decidimos olhar pra trás e escolher as melhores partes dele. Como é a primeira premiação, nos limitamos ao básico: os jogos, consoles e personagens do ano. E, pra não dizerem que fomos injustos, deixamos você, leitor, fazer sua escolha. Agora você confere os resultados em duas categorias: a escolha dos editores, a nossa, e a dos leitores, a sua. Confira e comente:


Esse post encerra o ano pro blog, e pra você também. Então saia, jogue videogame, assista TV ou vá beber e comemorar o fim de ano.

Boas festas e até mais,

Equipe BDG


Análise - Fifa 11 (Wii)

Rapidinha
Gênero: Futebol
Desenvolvedora: Eletronic Arts
Plataforma: Wii

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Fifa é uma franquia que evoluiu muito de alguns anos para cá, principalmente em sua jogabilidade e em seus gráficos. Jogos de esportes como tênis, beisebol e golfe se encaixam perfeitamente com as funcionalidades do Wii Remote, pois todas as ações são feitas com as mãos. Já futebol, não. A EA errou feio em colocar movimentos para realizar jogadas em Fifa Soccer 09 e em Fifa Soccer 09 All-Play. Corrigiu grande parte desses erros em Fifa 10, mas não todos. O seu sucessor, Fifa 11, além de corrigir todos os erros restantes, incluiu mais novidades e modos de jogo.


Os gráficos continuaram os mesmos da versão anterior, jogadores magros, altos e construídos com visual cel-shading, parecendo um desenho animado e lembrando um pouco Fifa Street, o que é bom pois torna a versão para o Wii, uma versão única, completamente diferente das outras versões do jogo. A movimentação dos jogadores também permaneceu intacta, assim como os estádios, o campo, os torcedores, etc. O problema da versão anterior era de os jogadores não terem seus rostos bem detalhados, infelizmente, o problema continua nesta versão. Apenas os jogadores mais famosos possuem seus rostos mais detalhados e mais parecidos como são na vida real, como Kaká e Cristiano Ronaldo.

O som não mudou muito em relação ao anterior, algumas semelhanças são a narração e os sons de jogo. Mas uma grande novidade é que agora nós ouvimos tanto alguns jogadores, quanto os técnicos gritando algumas jogadas. Isso se torna ainda melhor quando descobrimos que além de gritos em inglês e espanhol, nós também ouvimos em português, francês e outros vários idiomas, variando da nacionalidade de cada jogador ou do local da partida. Pena que eles são repetitivos e sempre com as mesmas vozes. O que acaba tirando um pouco do brilho da parte sonora do jogo. Algumas músicas inclusas nesta versão podem ser encontradas também nas outras versões do jogo. Havendo pouca variação.


Chegou a hora de falar da jogabilidade.. sim, ela sofreu alterações que deixaram o jogo um pouco mais realista de se jogar e quem jogou a versão anterior não terá grandes dificuldades para se acostumar. Antes para se chutar, usávamos o movimento no Wii Remote, o que era bem chato. O botão que fica para fazer a função do chute agora é o B, que agora tem sua barra de força. Para tocar usamos o A e para cruzar pressionamos o A até uma determinada força que pode ser medida na barra que aparece logo abaixo do jogador selecionado. As setas fazem os dribles mais simples, quando o C é pressionado ao mesmo tempo o drible já é outro, mas o jogador tem que ter um nível de habilidade maior para efetuá-lo com perfeição. Para movimentar os jogadores usamos o analógico do Nunchuk. Balançando o Wii Remote o jogador dá o famoso carrinho e balançando o Nunchuk o jogador faz o "balão".

Quanto aos modos de jogo, eles não sofreram grandes mudanças. Os campeonatos, taças e copas nacionais e internacionais continuam os mesmos. A diferença fica por parte do novo modo de carreira, o Streets to Stadiums, tudo acontece da seguinte maneira nele. Você cria seu jogador e começa jogando nas ruas, em um time de rua qualquer, até no final do ano para que um time profissional o contrate para que você jogar nele. Ao longo disso temos os fame moments e os pontos de experiências. Ambos são conseguidos ao longo das partidas. Ah, e as partidas de rua podem ser jogadas assim como as partidas de exibição (amistosos), com qualquer um dos times do jogo. Ficando os 5 jogadores (1 goleiro e 4 na linha) melhores de cada equipe.


A EA conseguiu melhorar e inovar o já melhorado e inovador Fifa 10. Acrescentando um novo modo de carreira e de amistosos. Inovando até mesmo nos sons e nos gráficos, deixando a aparência dos jogadores mais conhecidos um pouco mais parecida de como são na vida real, pena que não foi a aparência de todos os jogadores. A jogabilidade foi melhorada deixando o jogo mais rápido.

O Veredicto
Gráficos: 8 - Continuam os mesmos em relação ao anterior. Jogadores com um visual cartunesco, altos, magros e criados com visual Cel-Shading.
Som: 7.5 - Sons de jogos e narração continuam bastante semelhantes. Novidade fica para as novas músicas e para os gritos que podem ser ouvidos vindo de jogadores e técnicos. Que apesar de serem em várias línguas são bem repetitivos e costumam ter as mesmas vozes
Gameplay: 8 - Jogabilidade com alterações que a deixaram melhor, campeonatos e copas intactas. Inclusão do modo Streets to Stadium, fator Replay maior.
Nota final: 7.8 - Bom.
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Confira um gameplay:


-Gameplay-

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Carlos


Análise - Disney Epic Mickey


Rapidinha
Gênero: Plataforma/Aventura
Desenvolvedora: Junction Point Studios
Plataforma: Nintendo Wii

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Você pinta como eu pinto?

Eu cresci como um grande, grande fã da Disney, principalmente do Mickey. Passava tardes e tardes assistindo seus antigos cartoons e ficando fascinado com o nível de criatividade que o personagem possuía. Ele era um icône, adorado tanto por crianças como adultos. Mas o fato é que Mickey não é mais o que costumava ser. O personagem foi infantilizado ao extremo, deixou de ser cômico e herói e se tornou um amigão da criançada, apenas mais um personagem infantil descartável com programas idiotas e nenhum jogo bom em recente memória. Ele perdeu sua glória. E é procurando resgatar essa glória que aparece Epic Mickey, jogo diferente com uma visão sombria e única. Será que ele consegue ou Mickey já passou de sua hora e deve, também, cair no esquecimento?

Acredite, essa imagem diz muita coisa sobre o jogo. Ou não. Sei lá.

Ah, Mickey.. Não consegue ficar sem fazer besteira. Dessa vez, o atrapalhado personagem acorda em uma manhã e entra na oficina de Yen Sid, que estava criando um mundo para personagens esquecidos e/ou rejeitados, Wasteland. Ao mexer um pouco com a magia do lugar, acaba criando um monstro, que destrói Wasteland por completo. Apavorado, o rato tenta consertar o que fez, mas só piora a situação. Então, foge e volta para seu quarto. Meses se passam e Mickey se esquece do que havia feito até que, enquanto dormia, é puxado para dentro de Wasteland - pelo monstro que havia criado. Ele acorda, conhece Gus, um gremlin, e tenta achar uma maneira de voltar pra casa. É claro que nem tudo é tão simples, pois Mickey também descobre que a cidade, agora destruída e atormentada, está daquele jeito por sua culpa, e que ele deve deter o monstro - chamado Shadow Blot - que ele tinha criado, antes de partir. Vários personagens aparecem ao longo da jornada, desde Smee e Capitão Gancho até Horace Horsecollar, e cada um tem algum tipo de pedido pra você. Logo, você tem duas opções: ajudar à todos que aparecem no seu caminho e gastar muito mais tempo do que o necessário, ou ser mais direto e fazer o que é preciso sem perder tempo. Cada escolha afeta o modo como as pessoas te tratam, a ordem dos acontecimentos e o final que você verá. Ajude à todos e ganhará um final bom, onde todos se dão bem e ficam felizes. Passe direto e conseguirá um final um pouco pior, com sonhos destruídos e personagens arruínados. Isso realmente dá uma bombada no fator replay, pois é muito interessante ver cada um dos finais, assim como os efeitos das diferentes escolhas que você faz ao longo do jogo. E a história ajuda ainda mais, pois traz personagens e acontecimentos extremamente bem desenvolvidos e pode ser considerada o melhor roteiro que o Wii viu esse ano.

Junto com muitos personagens, também vem muitas missões secundárias, e esse é um dos maiores problemas do jogo. Quase todos os moradores com quem você fala ou é obrigado a falar te dão algum tipo de missão, que ficam se acumulando ao ponto de que você acabe se esquecendo do que ainda precisa fazer. É super comum, por exemplo, ter mais de 5 missões ativas ao mesmo tempo, com cada uma exigindo que você vá para partes totalmente diferentes de Wasteland. Mickey parece um pau mandado e você fica o tempo todo buscando livros perdidos, ou procurando itens pra aquele personagem chato, ou cumprindo missões dentro das missões secundárias (?) pra tentar ganhar Power Sparks e finalmente avançar. Todo o entusiasmo que existia no começo do jogo se perde e ele logo se torna chato, e essas seções parecem intermináveis.

O bom é que quando elas finalmente terminam você pode jogar de verdade e experimentar o que o jogo realmente tem pra oferecer. A jogabilidade é baseada no uso de tinta e solvente. A tinta cria, o solvente apaga. Cada cenário principal possui uma quantidade gigantesca de caminhos alternativos que podem ser explorados usando a habilidade de cada um. Sabe aquela pedra que parece um pouco mais clara que as outras? É bem possível que tenha algum tesouro escondido atrás dela. E as decisões não param por aí, pois até o modo como você quer enfrentar os inimigos fica à sua escolha. Você pode simplesmente derrotá-los com o solvente ou usar a tinta para deixá-los amigáveis e fazer com que te ajudem. Você é obrigado a explorar se quiser seguir adiante e, embora a exploração seja divertida, os problemas aparecem quando se está pegando embalo...

Cartoons clássicos são recriados em fases clássicas com estilo clássico e gameplay clássico. Eita.
Então você está lá, depois de uma cutscene incrível e uma escalada insana ao topo da montanha. Até que chega seu amigão, Gus, e diz: "Mickey, pra abrir aquela porta teremos que encontrar 5 válvulas e ativá-las, é a única maneira". Ok, parece divertido. Até que você para, gira a câmera, olha o cenário e percebe que é uma montanha gigantesca. Ah, pronto, acabou a diversão. E missões desse tipo acontecem em TODOS os cenários. E os cenários são enormes, o que te leva a ficar incontáveis minutos procurando sem parar até encontrar tudo que é necessário para prosseguir. E, embora a jogabilidade funcione, não há quem aguente esse tipo de repetição. Repetição essa que não para por aí, pois até os cenários 2D, que são bons, se repetem várias e várias vezes. Eles são a "passagem" dos cenários. Se quer ir pra Ventureland ou Mickeyjunk, tem que passar por um deles. E você tem que ir e voltar muitas vezes, o que torna a repetição ainda maior. Por sorte, os controles são bons e o jogo sabe intercalar essas missões tediosas com um pouco de ação de verdade e uma história fascinante, então você raramente ficará entediado. E sim, a câmera tem vida própria e tende a sair do lugar, mas pode ser consertada. Fica a dica: aperte C para centralizá-la no personagem novamente. E, se estiver tendo problemas com ela durante uma luta, aperte e segure C para que ela fique centralizada no inimigo. Simples, não?

O que realmente cria uma experiência fantástica é o visual do jogo. Os gráficos definitivamente não são os mais bonitos do Wii, mas o nível de detalhes e as referências fazem todos os defeitos que eles poderiam ter insignificantes. Dá pra notar que cada cenário foi construído com um cuidado enorme e é isso que torna o jogo especial: ele transpira Disney por todos os poros. Cada personagem, cada cartoon, cada colecionável e cada cenário tornam ele obrigatório pra qualquer fã do rato e da Disney em si, e fazem todas as missões secundárias idiotas valerem à pena. Como foi prometido, não é aquela coisa infantil e o jogo possui um visual bem dark que, embora não chegue a dar medo e nem seja aquela coisa bizarra e distorcida que prometeram, é legal de se ver e dá uma idéia diferente de lugares e personagens já conhecidos. Nesse quesito, Epic Mickey realmente impressiona.

Por incrível que pareça, Oswald é mais legal que Mickey. Vamos torcer para que façam Epic Oswald agora.

Mas e o som? Mickey não é mudo como grande parte dos heróis de videogame, mas mesmo assim não diz nada no jogo. Bem, não com a voz pelo menos. Todos os diálogos são contados em legendas, e os personagens apenas fazem pequenos gemidos (não pense besteira, pervertido), que são suas "falas" no jogo. A trilha sonora varia conforme o lugar e a situação (ficando mais calma enquanto está na cidade, seguro, e mais agitada em momentos críticos) e, embora não seja aquela perfeição toda, é realmente muito boa. É incrível ver como conseguem fazer tanto com tão pouco, e dar carisma à personagens que nem mesmo soltam uma fala concreta ao longo do jogo.

É uma experiência imperdível para todos os fãs de Disney. Controles bons, cenários incrivelmente gigantes, exploração quase que infinita e um fator replay muito bom. Ótimo visual, gráficos inspiradores, uma grande quantidade de extras e personagens esquecidos no tempo. Mas a pergunta é: ele realmente consegue alcançar todo o hype que criou?

Weeee!

O jogo, infelizmente, não consegue alcançar a expectativa gerada. A visão de Warren Spector, muito mais sombria e paranóica deu lugar à algo mais amigável e livre. A habilidade com a tinta e o solvente é bem limitada e, diferente do que foi dito, você simplesmente não pode sair criando ou apagando o que quiser. Embora o mundo seja vivo e com vários moradores, muitos deles são iguais e não têm nada de interessante pra falar ou adicionar, e a confusão provavelmente vai tomar conta da sua mente quando houver mais de 10 missões acumuladas e nenhuma pista do que se deve fazer. E você, que só fala português e não tem a mínima noção de inglês, ficará parado nos primeiros 5 minutos de jogo, porque o conhecimento da língua se torna extremamente necessário se quiser prosseguir. Objetivos e gameplay repetitivos chegam a ser frustrantes, e tanta exploração, de vez em quando, pode irritar. Os combates não são mil maravilhas, também, e o caminho para pegar o final "bom" pode ser longo e estressante, o que resulta em atalhos que acabam te levando ao final "ruim" (como eu).

Mas é um fato que mesmo se esses problemas fossem multiplicados por mil não conseguiriam tirar a genialidade de Epic Mickey. O jogo consegue, com sucesso, trazer de volta o Mickey cômico e aventureiro de antes e resgata um pouco o espírito de herói do personagem. Relembra antigos personagens, tão bons, que caíram no esquecimento e que nem deveriam estar lá, rejeitados. E, o principal: consegue ter toda a magia que a Disney havia antes de se perder em séries como Hannah Montana e filmes como Camp Rock. É uma grande homenagem ao que a Disney já foi, e que talvez nunca mais venha a ser. E, nesse sentido, Epic Mickey realmente é épico.

O Veredicto
História: 9,5 - Antigos personagens relembrados e um roteiro interessantíssimo que fará o jogador ficar colado na TV, querendo chegar ao final do jogo. Coisa rara de ser vista no Wii.
Gráficos: 7,5 - Não são os melhores do Wii e podem ser bem feios em certos momentos, mas os cenários superdetalhados compensam esse tipo de problema.
Som: 8 - Mesmo sem vozes o jogo consegue fazer um trabalho competente nessa parte. Afinal, é Disney.
Gameplay: 7 - Funciona, mas é limitado e cheio de missões idiotas que poderiam ter sido tiradas. E não fariam falta. Sério.
Nota final: 8 - Muito bom. Recomendado!

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Confira um gameplay:



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Leonardo P.


Análise - Sonic Colors


Rapidinha
Gênero: Plataforma/Aventura
Desenvolvedora: Sonic Team
Plataforma: Wii

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É difícil decidir qual o estilo certo que Sonic deve seguir. O personagem já foi cavaleiro medieval, virou lobo, lutou contra deuses e impediu a destruição do mundo inúmeras vezes, mas não consegue ter um jogo bom há mais de 10 anos. E, por mais que corra sem parar, parece que nunca mais vai conseguir alcançar Mario, seu rival de longa data. Dessa vez a SEGA tenta a sorte com Sonic Colors, título que prometeu trazer de volta, melhorada, a jogabilidade vista em Sonic Unleashed, adorada pelos fãs. Será que ela finalmente acertou ou essa é apenas mais uma tentativa frustrada?

Sonic e a trupe do mal -n

Depois de aparentemente desenvolver um remorso pelo seu passado, Dr. Eggman abre um parque de diversões no espaço, que conta com várias atrações interplanetárias. Sonic e Tails vão investigar e acabam conhecendo Yacker, que vem de uma espécie de aliens conhecida como Wisps. Depois de várias tentativas de comunicação, eles descobrem que os Wisps foram sequestrados pelo Dr. Eggman, que planeja usar seus poderes para realizar seus planos malvados. O jogo deixa claro que é voltado para o público infantil, com diálogos que as crianças irão adorar, mas que simplesmente vão irritar os mais velhos. A narrativa é focada inteiramente no humor, trazendo sempre uma piada nova e deixando de lado o clima mais sério visto em jogos anteriores. Isso poderia ter sido uma boa adição, mas o humor é, em grande parte, infantil. Piadas sofríveis que parecem ter sido escritas por... mim estão presentes o tempo todo, e é mais provável que você acabe pulando as cutscenes à fim de evitar tamanha besteira. Sonic está extremamente convencido, de uma maneira irritante, e o jogo tem vários acontecimentos clichês, típicos de desenhos infantis. A narrativa, mesmo assim, é muito mais eficiente do que a da versão de DS, e é boa na maior parte do tempo. Não tem viagens ao passado, nem um roteiro desnecessariamente complicado, tampouco personagens secundários inúteis, e isso deve torná-la mais atrativa ao público que estava cansado desse tipo de coisa.

Na parte sonora, todos os personagens receberam novas vozes. A voz de Sonic está mais madura, e não combina muito com o personagem à primeira vista. Mas não demora muito para que você se acostume com ela e ache até mesmo normal. Vale ressaltar, porém, que a antiga voz combinava mais com o personagem, tanto que essa está recebendo bastante crítica por parte dos fãs. Tails, por sua vez, finalmente ganhou uma voz de garoto, que lhe cai como uma luva, e deixou de lado aquele tom infantilóide e feminino que sua antiga voz possuía - estava na hora, diga-se de passagem. Não temos muitas aparições especiais ao longo do jogo - de fato, não temos nenhuma - então os personagens principais fazem um trabalho ótimo com o que tem. Caso não goste das vozes americanas, pode ir no menu e trocar o áudio para japonês, colocando uma legenda na linguagem que preferir. Dificilmente você vai descobrir onde fica o escondido menu, mas fica a dica. Já nos cenários, a batida de rock que marcava os jogos anteriores foi tirada e agora dá lugar à músicas mais variadas, contando, inclusive, com a ajuda de uma orquestra. As músicas são boas - com exceção da música tema do jogo - e divertidas, combinam com as fases e não são chatas em sua maioria. Não chegam nem perto de ter a criatividade vista na era clássica, mas caem bem com o clima do jogo e, sem dúvida, se encaixam melhor do que qualquer batida de rock que temos visto nos últimos anos.

Sonic estimulando a obesidade infantil.

O jogo faz bonito na parte gráfica e traz cenários belíssimos que impressionam até mesmo quem está acostumado a jogar Xbox 360/PS3. Mesmo não conseguindo suportar a Hedgehog Engine (usada nas versões PS360, e que deu ao Unleashed seus belíssimos gráficos) o Wii não decepciona e traz algo igualmente belo e impressionante. O nível de detalhes que cada cenário possui é incrível e vai ser uma atividade à parte parar apenas para ficar observando-os. Como era de se esperar, é tudo muito colorido e bonito e cada novo cenário possui um visual único, que desperta curiosidade no jogador e o estimula à continuar jogando. As cutscenes têm gráficos in-game que são bons, embora a movimentação dos personagens pareça estranha algumas vezes e você consiga notar alguns serrilhados de vez em quando. Mas, para um console que toda semana recebe algum novo jogo de esporte tapa-buraco com gráficos que parecem ter saído de um PS1, pedir algo melhor do que isso seria pedir demais. Já é costume da SEGA sempre trazer belos gráficos e, dessa vez, ela não faz diferente. Sem dúvida um dos jogos mais belos do Wii, perdendo apenas para Super Mario Galaxy 2, que continua insuperável até o momento.

A inovação da vez está mesmo no gameplay. O jogo pega o que foi visto em Sonic Unleashed e aperfeiçoa, o gameplay está muito mais preciso e a maior parte do jogo acontece em visão lateral (2D). A velocidade foi diminuída e mais atenção foi dada às seções de plataforma, essenciais para um jogo que se diz platformer. Ele introduz os Wisps, aliens que dão diferentes poderes ao Sonic. Você pode voar, sair por aí destruindo tudo, virar um foguete e sair voando em direção ao céu, escavar o chão, entre outras coisas. Os poderes são divertidos e ajudam a liberar caminhos secretos, que não poderiam ser vistos sem os mesmos. Você vai liberando novos Wisps à medida em que passa o jogo, logo o fator replay se torna bem alto, pois você vai querer voltar nas fases anteriores para jogá-las novamente, dessa vez com novos poderes e novas possibilidades. Os cenários possuem uma variedade incrível e uma criatividade fora do comum, coisa rara de ser vista nos jogos atuais e até mesmo alguns elementos clássicos estão presentes e devem agradar jogadores de todos os gostos. Os controles respondem bem nas partes 2D e o jogo pode ser frustrante, mas é por falta de habilidade do jogador e não por controles ruins, como nos anteriores. Ele é, impressionantemente, divertido. Algo que estava faltando em outros jogos atuais e que é a chave de um jogo do gênero. Assim como a grande maioria de jogos do tipo, ele tem objetos escondidos pelas fases. Esses objetos são os Red Rings (anéis vermelhos, em tradução livre). Existem 180 Red Rings espalhados pelo jogo, e sempre que você pega um determinado número deles mais fases são abertas no Sonic Simulator. Pegue todos, passe todas as fases e conseguirá jogar com o poderoso Super Sonic, outro elemento que aumenta o fator replay. Ele também tem um modo multiplayer, onde dois Sonic's robôs (que podem ter a cabeça trocada pela do seu Mii) correm por cenários extremamente simples e curtos. O problema é que ele não funciona direito, pois dois Sonic's correndo ao mesmo tempo têm muita velocidade e exige que ambos os jogadores tenham muita habilidade com o personagem, o que geralmente não acontece. Ele pode se tornar divertido caso você tenha um amigo com experiência e tudo mais, mas geralmente quem pega o segundo controle é aquele cara que mal joga videogame e não sabe nem quem Sonic é, então as coisas ficam complicadas e o multiplayer se torna menos acessível. E não vá pensando que o jogo é perfeito, pois esse não é o único problema...

Alguns Wisps são inúteis, e dão habilidades que o Sonic já usava em jogos anteriores, como o boost ou o light dash. Outros simplesmente não tem graça nenhuma, como o Blue Cube. E, apesar da jogabilidade 2D ser uma maravilha, as partes 3D são defeituosas. O personagem parece escorregadio e de difícil controle, tornando comum que você sofra alguma morte desnecessária ao longo do caminho. Todos os chefes do jogo são repetidos, até mesmo o último, e extremamente fáceis. Você vai levar um bom tempo pra se acostumar com os controles e, ao jogar com o Wii Remote, muitas vezes ele não responde quando é preciso chacoalhar o controle pra ativar o Wisp, o que causa morte e frustração no jogador. O jogo é muito curto, podendo ser finalizado em cerca de 5 horas e, embora ele tenha muitas fases, a maioria termina muito rápido, em cerca de 2 minutos. O multiplayer está entre um dos piores já vistos e mostra que a SEGA ainda não entendeu como isso deve ser feito. O caminho certo não é com minigames, tampouco colocando dois Sonic's robôs juntos em uma só tela. O jogo é muito parecido com Mario Galaxy e chega até a ser uma cópia em certos momentos. E não, não é o tipo de cópia que consegue ultrapassar o produto original, infelizmente.

Corra, Sonic! Afinal, você só serve pra isso mesmo.

Sonic Colors é um jogo diferente. Copia muitas coisas já vistas anteriormente e tenta inovar. Consegue em partes e dá um pouco de vida para uma franquia que estava morrendo aos poucos. Não vai agradar à todos e ainda sofre de problemas vistos há 10 anos atrás, mas é um jogo acima da média se comparado com as atrocidades que a franquia tem visto. Se você estava esperando pelo retorno triunfal do ouriço, essa ainda não é a sua vez, mas sugiro que dê uma chance ao jogo mesmo assim. Existe um produto impressionante esperando para ser descoberto.

O Veredicto
História: 7,5 - Boa, mas extremamente besta em alguns momentos. Poderia ter sido melhor aproveitada.
Gráficos: 9,5 - Incríveis em todos os sentidos e algo raramente visto no Wii. Não fosse por Mario Galaxy, poderiam ser considerados os melhores do console.
Som: 8 - Música nova e boa, mas a voz de Sonic está estranha e o tema principal ainda machuca meus ouvidos toda vez que toca quando ligo o videogame.
Gameplay: 8,5 - Partes 2D mostram que têm potencial, mas velhos problemas de controles nas seções em 3D e alguns Wisps inúteis tiram qualquer chance que o jogo poderia ter de alcançar a perfeição.
Nota final: 8.3 - Muito bom. Recomendado!

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Confira um gameplay:



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Leonardo P.