Análise - NBA Jam (Wii)



Olá amigos do Blog do Gamer, hoje estou de volta com mais uma análise de um remake, dessa vez é do jogo NBA Jam do Wii, mas que também está disponível para Xbox 360 e PS3. Curtam a análise, não se esqueçam de comentar e de clicar aqui para me ajudar em uma promoção. Confiram:

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Gráficos - Os gráficos ficaram coloridos e vibrantes, com sombras e reflexos bem realistas e ao mesmo tempo deixando um ar cartunesco e nostálgico. Os jogadores ficaram bem parecidos, os uniformes ficaram bem feitos, assim como o estádio e a torcida. Os movimentos dos jogadores permaneceram intactos com relação ao game original, foram acrescentados apenas alguns efeitos que os deixaram com um visual melhor ainda.
Nota: 9 - Cores vibrantes, visual meio cartunesco, jogadores com rostos e uniformes parecidos como são na vida real e movimentos originais com alguns efeitos acrescentados.

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Som - Ah, quem não se lembra das clássicas frases que o narrador soltava ao longo de uma partida, Boomshakalaka é um ótimo exemplo de uma delas. Pois bem, elas estão de volta, e agora com um narrador com um estilo bem parecido com o do narrador da versão original. Sons de jogo como de arremesso, bloqueio, empurrão e outros estão presentes também. Mas conta com músicas de menu quase que idênticas.
Nota: 8.5 - Consegue fazer alguns jogadores reviverem momentos nostálgicos de quando ficavam jogando horas e horas o seu SNES/MD em frente a televisão com seus amigos ouvindo um narrador "um pouco" maluco gritando com algumas jogadas. Um ponto negativo é que as músicas de menu estão quase que idênticas, ocorrendo pouca variação.

Gameplay - Como eu sempre gosto de começar falando sobre a jogabilidade, vamos lá! No jogo temos várias maneiras para se jogar. Nunchuk Style, onde usamos o analógico do nunchuk para mover o jogador, o botão A para passar a bola, o botão B para roubar a bola, o Z para usar o turbo e Z+B para empurrar os adversários, para arremessar e bloquear usamos movimentos no Wii Remote. Já no Wii Remote Style os comandos são mais simples e de fácil aprendizagem, setas controlam o jogador, A pede um passe, B aciona o turbo, 1 passa a bola e também pede para o jogador passar a bola e 2 arremessa e bloqueia, para empurrar os adversários usamos a combinação 1+2+B. Há também o Classic Controller Style, onde se usa o Classic Controller para jogar. Temos os modos: partida simples, campanha clássica (onde escolhemos um dentre os 30 times disponíveis e jogamos intensas 32 partidas contra times diferentes), Remix Tour (um modo onde jogamos partidas em determinadas regiões para conquistá-las), Remix Modes (Smash, Domination, Elimination, 21, Remix 2v2) e as Boss Battles que, como o próprio nome já diz, são as batalhas (ou partidas) contra os chefes. O jogo também conta com as já famosas Challenges, que são espécies de "títulos" que você vai conquistando, tais como ganhar cinco partidas na campanha clássica, ganhar uma partida 2v2 sem usar o shove (empurrão), entre outros. No total são 58 Challenges. No jogo temos 30 times com 3 jogadores cada , totalizando então, 90 jogadores.
Nota: 9 - Conta com muitas maneiras e modos para se jogar, vários times para se escolher e Challenges para conquistar.

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Comentários finais - NBA Jam está de volta depois de várias tentativas frustradas de voltar aos consoles. Conta com uma boa jogabilidade, que agrada desde o gamer mais antigo da série ao até mesmo o mais novato, gráficos melhorados e narração clássica.
Nota: 8.8 - Foi bom a EA ter deixado de lançar NBA Elite 11 para lançar apenas NBA Jam neste final de ano, pois no quesito diversão familiar ou até mesmo diversão casual, esse dá um show em NBA 2K11.

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Como ainda não adquiri a minha placa de captura confiram abaixo um gameplay retirado do YouTube:



Carlos


Análise - Sonic Colors


Dae manolada, tudo bem? Semana passada Sonic Colors (ou Colours) foi lançado na Europa. Depois de longas e árduas negociações com a SEGA, nós (leia-se “o grande Leonardo”) aqui do Blog do Gamer conseguimos uma cópia do jogo, terminamos e analisamos aqui, agora. Confira...se quiser, se não quiser, não confira:

Sonic ao lado da família Restart.
História – O jogo começa com uma CG, onde vemos Sonic e Tails indo para um parque de diversões interestelar criado por..Eggman. O bigodudo, aparentemente, virou um bom moço. Mas não demora muito para perceber que há algo maior por trás disso tudo: Eggman pretende usar os poderes dos Wisps, pequenos aliens (com aparição especial do carismático alienígena de Chicken Little) de outros planetas, que possuem grandes poderes, para acabar com Sonic, que, por sua vez, decide ir atrás de Eggman para acabar com seus planos, e conta com a ajuda dos Wisps. Ou algo assim. A história do jogo não é nem um pouco épica ou memorável, pra dizer a verdade. É o tipo de roteiro tapa-buraco feito apenas pra dizer que o jogo tem uma história (apesar de que não faria muita diferença se ele não tivesse). Não é tão infantil quanto a versão de Wii, mas tem sua própria cota de bizarrices e diálogos bregas. Ao contrário dos Rush’s anteriores, ele é contado por CG’s, assim como as de Wii, e não mais aqueles balões de diálogos (mas eles ainda estão no jogo). A história tenta ser simples e divertida, mas, sinceramente, um macaco teria feito um trabalho mais competente. Parece que a SEGA tem uma capacidade incrível de cagar no roteiro, sendo ele simples demais ou complicado demais. Salvo algumas aparições especiais, é completamente previsível e dispensável.
Nota: 5 – Simples e falha, não é o tipo de história que prende o jogador na frente do portátil. Também não é o tipo de história simples, mas satisfatória. É o tipo de história que não serve pra nada.

Gráficos – Já jogou Sonic Rush? Então...é exatamente a mesma coisa. O modelo dos personagens, os cenários, enfim, o gráfico em si é igual. Visualmente não é nada impressionante, e chega a ser meio feio em alguns momentos. É preciso levar em consideração, porém, que estamos jogando em um Nintendo DS. Os gráficos ficaram aceitáveis, não é o tipo de coisa extremamente espetacular, nem o tipo de coisa que faça seus olhos arderem. A melhor parte do jogo fica mesmo com as CG’s, tiradas da versão de Wii. Está dentro dos limites do portátil, que, todos sabem, não é nenhum gigante em gráficos. Poderia ter sido melhor trabalhado, poderia ter sido criado do zero. Mas é mais fácil pegar tudo pronto e apenas re-utilizar, e foi isso que a SEGA fez. Claro, os modelos dos personagens estão bons, os cenários ficaram até legais, e o jogo até que tem alguns efeitos bons, mas não é o tipo de coisa que nunca foi vista antes, que vai explodir sua cabeça ou te deixar verdadeiramente impressionado. No mais, você verá o de sempre. E o de sempre já deixou de impressionar há muito tempo atrás.
Nota: 7 – Bonitinho e ordinário, nada além disso. Para o DS está bom. Mas o problema fica claro quando temos que dizer "para o DS". É.

Oh mel dels, que chefe medonho! -n

Som - Sonic sempre é conhecido por ter uma boa trilha sonora. A SEGA consegue cagar em tudo, menos na trilha sonora. Sonic Colors é mais ou menos bom, mais ou menos ruim. Vamos fingir que a música tema do jogo não parece ter sido feita pela família Restart e que ela nunca esteve lá, ok. Os cenários possuem músicas boas, sim, mas nada além disso. São divertidas de ouvir, mas não tão fantásticas como as da era clássica - afinal, será que algum dia a SEGA conseguirá fazer algo no nível da era clássica? Tem umas sacadas boas, como quando você entra debaixo d'água e ela muda o ritmo, dando a impressão de que você está ouvindo-a debaixo d'água mesmo. Mas, assim como os gráficos, cumprem seu papel e nada mais. Os personagens, por sua vez, receberam vozes totalmente novas. Enquanto a do Tails melhorou, a de Sonic ficou bem mais madura e leva um bom tempo pra se acostumar. Felizmente, é algo que você mal vai ouvir, pois a maior parte da história é contada em balões, sem som. Os efeitos sonoros, em geral, são os mesmos utilizados em Sonic Rush. O som é bom, é legal. Mas nada que dê gosto e vontade de ouvir.
Nota: 7,5 - Músicas legalzinhas, vozes aceitáveis. Participação especial de Pe Lanza cantando a música tema do jogo. I'm Gonna Reach For The Stars...

Gameplay - Well...enquanto a versão de Wii não é nada mais, nada menos que um Sonic Unleashed 1.5, a versão de DS não passa de um Sonic Rush 3. O gameplay é exatamente o mesmo: você corre loucamente por cenários dinâmicos, acabando com os inimigos que nem sequer oferecem resistência e termina o jogo se perguntando se você realmente jogou, porque tudo que tem que fazer pra finalizá-lo é segurar o botão de boost. Você pode correr - Ah vá, é mesmo? -, pular, usar o boost, deslizar (?) e usar os poderes dos Wisps, os aliens amigões da vizinhança. Ele é dividido em seis mundos, cada um com duas fases e uma luta contra um boss. É curto, e pode ser terminado em uma tarde até. Ele consegue, sim, ser um pouco divertido e até serve pra passar o tempo, mas não espere nada mais profundo do que isso. O gameplay é totalmente repetitivo e a impressão é de que todas as fases são as mesmas. E os chefes, por sua vez, são todos programados da mesma maneira, logo, se você matou um, saberá como matar todos os outros. As habilidades dos Wisps são legais e servem pra dar uma variada no gameplay, mas não demora muito para que se tornem chatas e desinteressantes. É o tipo de coisa que impressiona no início, mas que é usada tantas vezes que acaba tirando o interesse. O jogo também tem alguns special stages, muito parecidos com os de Sonic 2, mas infinitamente mais fáceis. Primeiro, não tem como perder neles, só se não pegar o número determinado de esferas. As outras esferas, que ficam no caminho e deveriam causar algum dano no personagem podem ser chutadas e, no fim, são irrelevantes. Os cenários são extremamente simples e fáceis e a única maneira de não conseguir a esmeralda é sendo cego ou tendo sérios problemas de coordenação motora. Além de tudo isso, o jogo tem algumas missões, que contam com a aparição de alguns personagens especiais como Cream, e...bem, vou ser sincero: só tive paciência pra jogar a da Cream mesmo. As missões incluem tarefas como salvar 30 Wisps ou terminar o cenário antes que o tempo acabe, mas nem preciso dizer que são desnecessárias e que muito dificilmente alguém realmente vai querer completá-las. O jogo também tem um modo Versus, que eu não tive vontade de testar, e alguns extras, como imagens e todo o resto. Começa divertido, logo envelhece e é deixado de lado.
Nota: 8 - Funciona direito e começa divertido, mas perde o gás ao longo do caminho. Poderia ter sido melhor aproveitado e poderia ser mais original. Em suma, é um Sonic Rush com grandes melhorias, não que isso seja grande coisa.

Olha, Sonic Rus-- OH WAIT


Comentários finais - Sonic Colors é um passo no caminho certo - um passo muito curto -, mas que termina muito rápido e que poderia ter sido melhor aproveitado. É o tipo de jogo legal pra pegar e passar a tarde, mas nada além disso. Curto, repetitivo e lotado de missões idiotas, não é, nem de longe, o "retorno" tão esperado do ouriço. É melhor do que Sonic 4... Assim como qualquer outro jogo da face da Terra. Há!
Nota: 6.8 - É ruim, sim. Mas ao menos funciona direito, se isso vale de alguma coisa.

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Gameplay do jogo:



Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Leonardo P.


Análise - GoldenEye 007 (Wii)



Fala galerinha ligada aqui no Blog do Gamer, como vocês já puderam perceber hoje é dia de mais uma análise minha e o jogo analisado da vez é o remake do clássico do Nintendo 64: GoldenEye 007 para Nintendo Wii, que também tem sua versão para o Nintendo DS. Curtam a análise e não se esqueçam de comentar!

Bond agora está mais moderno, até tem seu MP20 com câmera de 15 megapixels

História - Basicamente, a história do game continua a mesma com exceção do protagonista.. O quê?! Quer dizer então que James Bond não está no jogo? É claro que não, Bond continua em GoldenEye, a diferença é que agora para o game se tornar um pouco mais atual, foi decidido que no lugar de Pierce Brosnan (ator que interpretou James Bond na época) o protagonista terá o rosto e a voz de Daniel Craig, o atual 007. Sem falar que agora Bond usa um telefone celular de última geração para escanear fotos e documentos importantes e se comunicar com o quartel-general. Toda a história do jogo é contada por cutscenes muito bem feitas, onde até aqueles que não assistiram o filme de 1995 ou jogaram o GE original conseguirão entender claramente.
Nota: 9.4 - Dessa vez a história é muito bem contada por cutscenes seguindo a história do filme. As diferenças ficam para o protagonista, que agora não é mais Pierce Brosnan e sim Daniel Craig, e também para o telefone celular que Bond usa para escanear fotos e documentos, talvez seja um dos únicos jogos baseados em filme que realmente mereça respeito.

Gráficos - Passados quase 15 anos depois do game original, mesmo alguns discordando, os gráficos precisavam de ser atualizados e essa é uma diferença básica ao jogar o game pela primeira vez, parece que a Eurocom trabalhou bastante quanto a isso e os gráficos ficaram sensacionais. Armas, cenários, personagens e objetos ficaram muito bem feitos e mesmo mantendo o estilo do game original ainda deixam um tom muito mais realista. O único contra nos gráficos é que em situações muito agitadas, tanto o cenário quanto alguns personagens sofrem uma pequena perda de qualidade, mas não é nada que faz os gráficos deslumbrantes de GoldenEye 007 perderem o brilho.
Nota: 8.3 - Os gráficos receberam uma melhora notável, tanto armas quanto os cenários e personagem ganharam visuais incríveis. O único ruim disso tudo é que mesmo tendo gráficos bons, em horas muito agitadas eles perdem a qualidade.

Vire-se para trás e sofrerá as consequências, Bond.

Som - A dublagem em geral ficou muito boa, até porque no game original não existia bem uma dublagem pois a história em si não era contada por cutscenes que meio que "exigem" vozes dos personagens.. enfim, Pierce Brosnan fez a dublagem de Bond e outros dubladores fizeram a dublagem de outros personagens que você encontra no decorrer do jogo (como Alec e Natalya). Já as clássicas músicas que compõem a trilha sonora original estão de volta com uma qualidade muito melhor do que no Nintendo 64, pode até não ser notável para alguns, mas para outros pode ser totalmente nostálgica e envolvente. Os sons de tiros e explosões ficaram realmente fantásticos, novamente dando um ar muito realista ao jogo.
Nota: 9 - Excelente trilha sonora que deixa um ar nostálgico e dubladores que combinam muito com os personagens, com exceção de Bond é claro, que é dublado pelo próprio ator atual: Daniel Craig.

Gameplay - Para ninguém reclamar da jogabilidade, o jogo oferece várias combinações para se jogar, o jogador pode escolher por jogar com Wii Remote + Nunchuk, Wii Zapper, Classic Controller ou com o controle do Game Cube. Jogando com a combinação Wii Remote + Nunchuk, para quem não está acostumado com os shooters do Wii, no começo pode ser um pouco estranho jogar sem o acessório Wii Zapper, mas com menos de meia hora já dá para se acostumar e já sair dando headshot's. No jogos temos o modo história e o modo Multiplayer que, diga-se de passagem é o mais divertido. Nele podemos jogar de 1-4 pessoas com a tela dividida, caso seja uma partida com três pessoas, o jogador de número um fica com a tela do mesmo tamanho das outras, mas centralizada na metade de cima da TV, e também podemos jogar de 1-8 pessoas online que, no final de cada partida o jogo dá um monte de estatísticas, tais como o mais letal, quem jogou mais granadas, etc. Sem falar também da volta da famosa opção de trapaças.
Nota: 9.2 - Conta com diversas combinações para se jogar e com dois modos de jogo. Com destaque para o Multiplayer que está de volta com alto estilo podendo jogar tanto offline (de 1 até 4 jogadores com a clássica tela dividida) quanto online (de 1 até 8 jogadores), diversão garantida jogando offline e/ou online.

Experimente jogar com o Classic Controller Pro dourado e deixe com inveja qualquer dono de um Classic Controller comum

Comentários finais - Bond volta com estilo nesse clássico remake do Nintendo 64, que deixa no chinelo qualquer Call of Duty ou Battlefield de Xbox 360/PS3, oferecendo várias combinações para se jogar e com gráficos e sons muito bem feitos.
Nota: 8.9 - Não se tente enganar que a Activision destruiria um dos maiores clássicos da Nintendo pois esse jogo consegue oferecer a mesma (se não melhor) diversão que o original oferecia. Agora basta chamar seus amigos para jogar em sua casa.. caso não tenha amigos não há com o que se preocupar, basta jogar online com até 8 pessoas. ;D

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Como ainda não adquiri a minha placa de captura confiram abaixo um gameplay retirado do YouTube:



Carlos


Análise COMBO - No More Heroes + No More Heroes 2: Desperate Struggle


Dae manolada, tudo bem? Estamos aí em mais uma segunda-feira, onde eu poderia estar matando, poderia estar roubando, poderia estar namorando, poderia estar jogando, mas estou aqui cumprindo minha rotina e escrevendo uma análise. Semana passada eu não analisei nenhum jogo, então decidi pegar dois jogos da mesma franquia pra analisar nessa semana. O resultado você confere nesse combo inédito de No More Heroes e No More Heroes 2, para o Nintendo Wii. Não perca tempo e confira:

No More Heroes:

Fap-se com cuidado.

História - O jogo conta a história de Travis Touchdown, um típico otaku. Depois de ganhar uma katana em um leilão de internet ele fica sem dinheiro para comprar video games e vídeos de luta livre. Ele então conhece Sylvia Christel e aceita o trabalho de matar Helter Skelter, também conhecido como "the Drifter," o que deixa ele no 11º lugar do ranking da United Assassins Association (Associação dos Assassinos Unidos), um órgão de governo dos assassinos. Ao perceber que ele tem a oportunidade de chegar ao topo, ele sai em busca de se tornar o assassino número um da UAA. A história do jogo não é contada de maneira tradicional: tudo passa muito rápido e o jogador pode até mesmo achar ela confusa - mesmo sendo muito simples. Não é super elaborada, não tem suspense, nem um mundo em perigo ou outro elemento clichê, mas consegue prender o jogador até o fim com suas grandes doses de humor e, em certas partes, drama. É engraçado ver como Suda51 desenrola o enredo de maneira única e, apesar de terminar com algumas pontas soltas, a história não decepciona. Quando você pensa que já está por dentro de tudo vem o final do jogo, levantando muitas questões sem resposta. Quer jogar? Vá em frente. Uma maré de piadas sexuais, nonsense e que vão te fazer questionar porque está jogando-o te esperam. E você vai gostar.
Nota: 8 - Enredo simples, porém complexo (?) e com narrativa única. É o tipo de coisa que não se vê toda hora e, enquanto vai ser espetacular para alguns, pode ser simplesmente idiota para outros. É o tipo de roteiro nonsense feito de uma maneira genial, mas que não dá pro bico de todo mundo.

Gráficos - O Wii nunca foi conhecido por seus gráficos de dar inveja ou sua imagem em HD e, enquanto alguns jogos atuais conseguiram fugir do padrão e impressionar, No More Heroes dá a impressão de que falta algo. É de 2007, então eu poderia dizer que são aceitáveis e tudo mais mas, pare pra pensar. 2007 foi o mesmo ano em que saiu Mario Galaxy, título que quebrou todas as barreiras que o Wii vinha enfrentando e mostrou toda a capacidade do console, não apenas na área gráfica, mas em todo o resto também. NMH não é nada horroroso, mas dá a impressão de que faltou um pouco de polimento. Santa Destroy (a cidade onde se passa o jogo) é meio sem vida e todas as pessoas, carros e prédios são bons, mas só. Nada é excepcional e nem se esforça pra ser. De um jeito mais fácil de entender: é o tipo de coisa que poderia ser reproduzido em um PS2, sem grandes dificuldades até. Mas é como dizem: o que importa é a diversão, e não os gráficos. E, como o jogo nunca se preocupou em ser apenas mais uma carinha bonita na sua prateleira, isso não atrapalha muito.
Nota: 6,5 - Quer algum jogo bonitinho pra matar o tempo? Pena, não é aqui. NMH passa longe de ser um dos jogos com melhores gráficos do console.

Você salva o jogo ao dar uma aliviada. Hardcore em todos os sentidos.
Som - Na época do seu lançamento, o jogo recebeu muitas críticas à sua dublagem ocidental. Mas não, não é nada ruim dessa maneira. De fato, o jogo se sai bem com o que tem, com dubladores que combinam com os personagens e que conseguem adicionar um toque único ao jogo. São melhores que os dubladores americanos de Naruto UNS 2, e isso é o bastante para torná-la aceitável. A trilha sonora dá certo com o ar punk que o jogo impõe e, mesmo não sendo notável e/ou fantástica consegue divertir o jogador. Você quase não vai prestar atenção, mas, no fim, não faz muita diferença. É melhor do que ouvir o Suda51 sendo dublado por um negão no trailer de NMH 2 (não entendeu? Clique aqui).
Nota: 7 - Nem ruim demais, nem bom demais. É o tipo de coisa que fica na medida e consegue agradar à maioria. E isso é o suficiente. Eu acho.

Gameplay - Tadam! A minha parte preferida. O gameplay é o fator essencial para que um jogo se dê bem comigo. NMH acerta em muitos quesitos, mas também erra em outros. Vou começar explicando os modos de jogo: espera, espera. Na verdade ele só tem um modo. Continuando, você controla Travis e, desde o começo, tem uma cidade aberta para explorar. Você pode pegar sua moto e sair andando por aí. Isso seria ótimo se fosse bem trabalhado, mas não é o caso. A cidade é muito limitada e pequena, suas opções são poucas e o que mais irrita é o sistema de colisão com os objetos e pessoas. Você pode passar do lado de um carro e "bater" nele sem nem mesmo ter encostado no veículo. Você tem pouca interação com o cenário e pouca coisa pra fazer além dos trabalhos pra ganhar dinheiro. Pode não ser nenhum GTA, mas a cidade tem seus méritos: é divertido ir nas lojas e comprar roupas, armas, vídeos, brincar com sua gata Jeane e etc. O jogo segue um padrão: você luta por um ranking maior e depois volta à cidade, onde tem que fazer alguns trabalhos até conseguir o dinheiro necessário para disputar a próxima luta. O único problema é que esses "trabalhos" consistem em minigames que logo se tornam chatos e repetitivos. As lutas, por sua vez, fazem valer à pena o tempo que se gasta nesses minigames e, apesar de serem bem difíceis em alguns momentos, agradam aos jogadores sempre trazendo muito sangue e violência. Nelas, você pode: cortar com a katana, dar socos e chutes, mirar e se esquivar dos ataques do oponente. O jogo faz pouco uso dos sensores de movimento do Wii. De fato, ele só é necessário quando o inimigo está à beira da morte. Nesse momento uma flecha pipoca na tela, indicando uma direção para que você mova o Wii Remote e acabe com o oponente de forma brutal. Parece legal, mas dá a impressão de que é sempre da mesma forma. Você pode fazer um corte na vertical, na barriga, enfim, é sempre a cabeça dele que vai sair voando. E não é preciso muito para derrotá-los: metralhe o A até não poder mais. E os ataques com mãos e pés? Não fazem muita coisa, só servem pra deixar o oponente tonto e, quem sabe, aplicar um golpe de luta livre para finalizá-lo. Você mal irá usá-los simplesmente porque são fracos e não conseguem fazer nenhum combo, é apenas um ataque isolado que muitas vezes acaba sendo inútil. E, mesmo sendo legal fatiar e fatiar sem parar, isso pode se tornar repetitivo. No geral, NMH diverte e vale à pena, funciona na medida do possível e é bom, mas falta aquele "algo mais".
Nota: 7.5 - Sistema de colisão estranho, gameplay meio repetitivo, minigames ruins, metralhe o A para passar. Mas funciona. E funciona bem. E é divertido! E isso basta.

Sangue? Onde?
Comentários finais - NMH é o tipo de jogo que aparece de nunca em nunca. Narrativa diferente, gameplay diferente, conceitos diferentes e uma execução diferente. Ele é perfeito para os jogadores hardcore, mas sem nenhum grande atrativo para os casuais. É uma compra mais do que válida pra quem tem Wii e está cansado dos platformers de sempre, ou que busca algum jogo hardcore diferenciado e único. Ou os dois.
Nota: 7.2 - Suda51 traz uma experiência imperdível para qualquer gamer que se considere hardcore, mas que ainda sofre de alguns dos velhos problemas. No geral, vale a grana investida.

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Confira dois vídeos de gameplay mostrando a primeira fase completa:

Parte 1:


Parte 2:


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No More Heroes 2: Desperate Struggle

Shinobu conferindo o hálito de Travis.
História - Três anos se passaram desde que Travis Touchdown se tornou o número um da United Assassins Association (UAA) e desapareceu. Agora, ele volta para Santa Destroy e enfrenta Skelter Helter, que quer se vingar de Travis, que matou seu irmão Helter Skelter no primeiro jogo. Depois de ganhar a luta, ele encontra Sylvia Christel novamente, que o informa que ele está na posição 51 do ranking. O quase-morto Skelter Helter interrompe-os e diz à Travis que ele terá sua vingança. Na mesma noite, um grupo de criminosos matam o melhor amigo de Travis, Bishop, e jogam sua cabeça na janela de Travis, dentro de um saco. Travis, furioso e procurando vingança, pede para que Sylvia arme a próxima luta. Sylvia diz à ele que quem comandou o assassinato foi Jasper Batt, Jr., o CEO da Pizza Bat e o novo assassino número um no ranking. No primeiro jogo, Travis acabou com três tentativas diferentes da Pizza Bat se expandir em Santa Destroy assassinando seu CEO. Três anos depois, com Travis fora da jogada, a Pizza Bat conseguiu se formar em Santa Destroy e comprou praticamente todos os negócios da cidade. Travis resolve escalar o ranking mais uma vez para se vingar de Jasper. A história é um pouco mais elaborada do que a do primeiro, mas segue a mesma linha: piadas sexuais pra lá e pra cá, coisas inesperadas, nonsense e assim por diante. Embora seja uma continuação ele não depende inteiramente do seu predecessor, portanto até mesmo quem não jogou o anterior não terá problemas em entender o que se passa nesse aqui. Alguns dos inimigos favoritos - ou nem tanto assim - dos fãs dão as caras novamente, e cada novo assassino possui sua própria identidade e um certo carisma. A história, além disso, está bem mais presente dessa vez, o que prende o jogador mais ainda. Ao mesmo tempo em que é engraçada, a história consegue manter um ar sério, inclusive contando com um final surpreendente que ficará na sua memória por muito tempo. Ainda cai nas graças de alguns dos velhos clichês, mas sua genialidade compensa tudo que poderia dar errado. Lembra que eu falei das pontas soltas do primeiro? Pois é. Ele não se esforça para consertá-las e, enquanto resolve alguns mistérios, levanta outros. Maldito seja, Suda51. Travis está de volta. E dessa vez está mais legal do que nunca.
Nota: 8,5 - Vai ainda mais longe do que o primeiro e consegue prender o jogador, apesar de ser totalmente nonsense em algumas horas. Não serve pra todo mundo, também. É o tipo de coisa que você vai amar ou vai odiar, não existe meio termo.

Gráficos - Estamos em 2010, anos depois do lançamento do primeiro título. Ora, espera-se que os gráficos foram melhorados, né? Com certeza. Enquanto o primeiro nunca se preocupou com isso, o segundo traz um visual impressionante e muito além do que o anterior jamais sonhou em ser. Os personagens, assim como os ambientes, possuem um nível de detalhamento incrível e é possível ver como eles foram cuidadosos, pois até o cabelo do Travis se move. As cutscenes conseguem ser mais bem feitas que as do primeiro, também. Foi um aprimoramento geral, então, se você jogou o primeiro e também achou que deixou à desejar, não terá esse problema aqui. Claro, claro. Não é o melhor gráfico do Wii, nem o jogo mais fofinho ou bonitinho do mercado. Mas faz bonito.
Nota: 9 - Levando em consideração o primeiro jogo, esse surpreende. Cabelos mais vivos, chão mais polido,  personagens ainda mais carismáticos. Evolução de verdade em todos os sentidos.

Pobre Travis. Três anos se passaram e não conseguiu se livrar do vício do fap.
Som - Isso pode doer para alguns, mas a dublagem é a mesma do primeiro jogo. Calma, tem a parte boa: ela sofreu uma grande melhora. Enquanto no primeiro jogo víamos falas bizarras interpretadas de maneira bizarra, parece que os dubladores finalmente entenderam os personagens e se encaixaram com o clima do jogo. A trilha sonora? Ah, sacomé. Continua tendo aqueles lances de guitarra, com um ar mais "punk", mas nem por isso notável e/ou espetacular. No mais, o jogo consegue reproduzir tudo de maneira fiél, apresentando uma melhora não apenas gráfica, mas também sonora em relação ao primeiro jogo. Afinal, isso era o mínimo que ele devia fazer, né.
Nota: 8 - A dublagem deu uma leve melhorada e a trilha sonora continua esquecível (?), mas tudo é bom e combina com o jogo. Tem o necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais.

Gameplay - À primeira vista, um belo tiro na cara. O estilo de câmera foi mudado, os controles parecem diferentes e, veja só, cadê aquela cidade que você adorava explorar? Pois é. Mas você percebe que tudo é questão de se acostumar e, quando isso acontece, o jogo fica bem melhor do que o antecessor. Vamos começar por...ah, sim. A cidade foi substituída por um mapa, que contém todos os lugares que você pode ir. Isso é uma grande decepção de inicio, mas agiliza o rumo das coisas. As lutas por ranking também mudaram, agora elas ficam disponíveis automaticamente umas atrás das outras. Escalar do nº51 para o nº1 se torna uma tarefa rápida e fácil, visto que não é mais preciso juntar dinheiro para pagar as lutas ou jogar os minigames. Sim, os minigames estão lá, mas você só faz se quiser dinheiro pra comprar armas, roupas ou algo do tipo. Mesmo não sendo obrigatórios, você vai perder muito tempo com eles, simplesmente porque estão melhores do que nunca. O estilo 3D e ruim que assombrava os minigames do primeiro título foi substituído por minigames de 8-bits, com tarefas que lembram as do primeiro jogo mas que são infinitamente mais divertidas. E então temos as lutas por ranking, que continuam no mesmo estilo do primeiro. O sistema de combate recebeu uma grande melhora, e dessa vez é possível não apenas trocar de arma durante a luta, mas também dar combos com os pés e as mãos. Ao final de cada luta da história principal aparece um quick-time event, indicando uma direção para balançar o Wii Remote ou mexer o analógico. Enquanto no primeiro tinhamos pouca variedade na hora de finalizar o oponente, agora você pode cortá-lo na direção que quiser. A cabeça? Ok. Cortar no meio, vertical e horizontal? Pode ser. O jogo traz muito mais liberdade na hora de assassinar os inimigos e também um novo medidor que, quando cheio, lhe dá uma super velocidade e te deixa mutilar vários inimigos por tempo limitado. Parece que deixa o jogo fácil, mas não se engane: a única maneira de enchê-lo é acertando vários ataques sem levar nenhum. Duro, eu sei. Além disso, o jogo traz mais personagens jogáveis: você pode controlar a Shinobu e até mesmo Henry, o irmão de Travis. O fator replay logo se torna muito alto, já que você vai querer jogar os minigames novamente, assim como testar os novos modos de jogo habilitados depois de terminá-lo e liberar tudo que pode ser liberado. Enquanto tudo foi melhorado, a dificuldade de alguns chefes ainda continua alta e, mesmo se adaptando ao novo mapa, você vai sentir falta da antiga cidade aberta e do sistema de liberar lutas por ranking, que caracterizou o primeiro jogo. Está mais divertido, mais brutal, mais legal. Mas parece que passa rápido demais.
Nota: 8,2 - Traz novas coisas que funcionam e recebeu uma grande melhora, mas tira a cidade do jogador e agiliza as coisas sem necessidade. Mas continua divertido como sempre, e, no fim, o que vale é a diversão. Por mais violenta que seja.

Siga as ordens do seu professor gay e malhe para ter um corpinho sarado. Oh yea.
Comentários finais - NMH 2 mostra uma grande melhora em relação ao primeiro, aprimorando-se em todos os sentidos e trazendo uma experiência ainda mais imperdível para qualquer um que gosta de jogos hardcore. Mesmo com todas as qualidades, é rápido demais. Enquanto o primeiro demorava em torno de 10 horas pra ser finalizado, consegui terminar o segundo em 8 horas e 44 minutos, isso porque parei várias vezes pra treinar, jogar os minigames e adestrar a sua gata, Jeane. Acaba rápido demais e dá a sensação de "quero mais". Esperemos e oremos por uma continuação, então. Amém.
Nota: 8,4 - Mais brutal, mais punk, mais hardcore. Precisa dizer mais alguma coisa? Recomendado!

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Confira dois gameplays legendados do jogo, mostrando a primeira fase completa:

Parte 1:



Parte 2:


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Leonardo P.