Análise - Sonic Colors


Dae manolada, tudo bem? Semana passada Sonic Colors (ou Colours) foi lançado na Europa. Depois de longas e árduas negociações com a SEGA, nós (leia-se “o grande Leonardo”) aqui do Blog do Gamer conseguimos uma cópia do jogo, terminamos e analisamos aqui, agora. Confira...se quiser, se não quiser, não confira:

Sonic ao lado da família Restart.
História – O jogo começa com uma CG, onde vemos Sonic e Tails indo para um parque de diversões interestelar criado por..Eggman. O bigodudo, aparentemente, virou um bom moço. Mas não demora muito para perceber que há algo maior por trás disso tudo: Eggman pretende usar os poderes dos Wisps, pequenos aliens (com aparição especial do carismático alienígena de Chicken Little) de outros planetas, que possuem grandes poderes, para acabar com Sonic, que, por sua vez, decide ir atrás de Eggman para acabar com seus planos, e conta com a ajuda dos Wisps. Ou algo assim. A história do jogo não é nem um pouco épica ou memorável, pra dizer a verdade. É o tipo de roteiro tapa-buraco feito apenas pra dizer que o jogo tem uma história (apesar de que não faria muita diferença se ele não tivesse). Não é tão infantil quanto a versão de Wii, mas tem sua própria cota de bizarrices e diálogos bregas. Ao contrário dos Rush’s anteriores, ele é contado por CG’s, assim como as de Wii, e não mais aqueles balões de diálogos (mas eles ainda estão no jogo). A história tenta ser simples e divertida, mas, sinceramente, um macaco teria feito um trabalho mais competente. Parece que a SEGA tem uma capacidade incrível de cagar no roteiro, sendo ele simples demais ou complicado demais. Salvo algumas aparições especiais, é completamente previsível e dispensável.
Nota: 5 – Simples e falha, não é o tipo de história que prende o jogador na frente do portátil. Também não é o tipo de história simples, mas satisfatória. É o tipo de história que não serve pra nada.

Gráficos – Já jogou Sonic Rush? Então...é exatamente a mesma coisa. O modelo dos personagens, os cenários, enfim, o gráfico em si é igual. Visualmente não é nada impressionante, e chega a ser meio feio em alguns momentos. É preciso levar em consideração, porém, que estamos jogando em um Nintendo DS. Os gráficos ficaram aceitáveis, não é o tipo de coisa extremamente espetacular, nem o tipo de coisa que faça seus olhos arderem. A melhor parte do jogo fica mesmo com as CG’s, tiradas da versão de Wii. Está dentro dos limites do portátil, que, todos sabem, não é nenhum gigante em gráficos. Poderia ter sido melhor trabalhado, poderia ter sido criado do zero. Mas é mais fácil pegar tudo pronto e apenas re-utilizar, e foi isso que a SEGA fez. Claro, os modelos dos personagens estão bons, os cenários ficaram até legais, e o jogo até que tem alguns efeitos bons, mas não é o tipo de coisa que nunca foi vista antes, que vai explodir sua cabeça ou te deixar verdadeiramente impressionado. No mais, você verá o de sempre. E o de sempre já deixou de impressionar há muito tempo atrás.
Nota: 7 – Bonitinho e ordinário, nada além disso. Para o DS está bom. Mas o problema fica claro quando temos que dizer "para o DS". É.

Oh mel dels, que chefe medonho! -n

Som - Sonic sempre é conhecido por ter uma boa trilha sonora. A SEGA consegue cagar em tudo, menos na trilha sonora. Sonic Colors é mais ou menos bom, mais ou menos ruim. Vamos fingir que a música tema do jogo não parece ter sido feita pela família Restart e que ela nunca esteve lá, ok. Os cenários possuem músicas boas, sim, mas nada além disso. São divertidas de ouvir, mas não tão fantásticas como as da era clássica - afinal, será que algum dia a SEGA conseguirá fazer algo no nível da era clássica? Tem umas sacadas boas, como quando você entra debaixo d'água e ela muda o ritmo, dando a impressão de que você está ouvindo-a debaixo d'água mesmo. Mas, assim como os gráficos, cumprem seu papel e nada mais. Os personagens, por sua vez, receberam vozes totalmente novas. Enquanto a do Tails melhorou, a de Sonic ficou bem mais madura e leva um bom tempo pra se acostumar. Felizmente, é algo que você mal vai ouvir, pois a maior parte da história é contada em balões, sem som. Os efeitos sonoros, em geral, são os mesmos utilizados em Sonic Rush. O som é bom, é legal. Mas nada que dê gosto e vontade de ouvir.
Nota: 7,5 - Músicas legalzinhas, vozes aceitáveis. Participação especial de Pe Lanza cantando a música tema do jogo. I'm Gonna Reach For The Stars...

Gameplay - Well...enquanto a versão de Wii não é nada mais, nada menos que um Sonic Unleashed 1.5, a versão de DS não passa de um Sonic Rush 3. O gameplay é exatamente o mesmo: você corre loucamente por cenários dinâmicos, acabando com os inimigos que nem sequer oferecem resistência e termina o jogo se perguntando se você realmente jogou, porque tudo que tem que fazer pra finalizá-lo é segurar o botão de boost. Você pode correr - Ah vá, é mesmo? -, pular, usar o boost, deslizar (?) e usar os poderes dos Wisps, os aliens amigões da vizinhança. Ele é dividido em seis mundos, cada um com duas fases e uma luta contra um boss. É curto, e pode ser terminado em uma tarde até. Ele consegue, sim, ser um pouco divertido e até serve pra passar o tempo, mas não espere nada mais profundo do que isso. O gameplay é totalmente repetitivo e a impressão é de que todas as fases são as mesmas. E os chefes, por sua vez, são todos programados da mesma maneira, logo, se você matou um, saberá como matar todos os outros. As habilidades dos Wisps são legais e servem pra dar uma variada no gameplay, mas não demora muito para que se tornem chatas e desinteressantes. É o tipo de coisa que impressiona no início, mas que é usada tantas vezes que acaba tirando o interesse. O jogo também tem alguns special stages, muito parecidos com os de Sonic 2, mas infinitamente mais fáceis. Primeiro, não tem como perder neles, só se não pegar o número determinado de esferas. As outras esferas, que ficam no caminho e deveriam causar algum dano no personagem podem ser chutadas e, no fim, são irrelevantes. Os cenários são extremamente simples e fáceis e a única maneira de não conseguir a esmeralda é sendo cego ou tendo sérios problemas de coordenação motora. Além de tudo isso, o jogo tem algumas missões, que contam com a aparição de alguns personagens especiais como Cream, e...bem, vou ser sincero: só tive paciência pra jogar a da Cream mesmo. As missões incluem tarefas como salvar 30 Wisps ou terminar o cenário antes que o tempo acabe, mas nem preciso dizer que são desnecessárias e que muito dificilmente alguém realmente vai querer completá-las. O jogo também tem um modo Versus, que eu não tive vontade de testar, e alguns extras, como imagens e todo o resto. Começa divertido, logo envelhece e é deixado de lado.
Nota: 8 - Funciona direito e começa divertido, mas perde o gás ao longo do caminho. Poderia ter sido melhor aproveitado e poderia ser mais original. Em suma, é um Sonic Rush com grandes melhorias, não que isso seja grande coisa.

Olha, Sonic Rus-- OH WAIT


Comentários finais - Sonic Colors é um passo no caminho certo - um passo muito curto -, mas que termina muito rápido e que poderia ter sido melhor aproveitado. É o tipo de jogo legal pra pegar e passar a tarde, mas nada além disso. Curto, repetitivo e lotado de missões idiotas, não é, nem de longe, o "retorno" tão esperado do ouriço. É melhor do que Sonic 4... Assim como qualquer outro jogo da face da Terra. Há!
Nota: 6.8 - É ruim, sim. Mas ao menos funciona direito, se isso vale de alguma coisa.

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Gameplay do jogo:



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Leonardo P.

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