Análise - Lost in Shadow (Wii)

Rapidinha
Gênero: Plataforma
Desenvolvedora: Hudson
Plataforma: Wii

Em Lost in Shadow, você é um garoto que por um descuido, tem sua sombra jogada do alto de uma torre gigantesca. E para isso você vai ter que subir todos os andares desta tal torre para recuperar o seu corpo. A história é muito simples, é contada pelas cutscenes (que são muito raras de se ver) e por algumas imagens acompanhadas de falas de alguns personagens. De cara já podemos perceber que tudo se passa no segundo plano, onde os objetos do primeiro plano formam as sombras para o segundo.

Subir uma torre gigantesca não é tarefa fácil para uma sombra, para isso você conta com sua fadinha Spangle, que te acompanha em todo jogo e serve para solucionar puzzles do primeiro plano. O começo do jogo se parece com os primeiros jogos da franquia Prince of Persia, onde o seu único objetivo é saltar de plataformas e matar alguns inimigos que aparecem em seu caminho. Os desafios e puzzles são bastante repetitivos e previsíveis, quando você não achar uma solução logo de cara, basta apontar o Wii Remote para a tela e segurar o botão B para que Spangle o ajude a achar algum objeto no primeiro plano para ser movido ou retirado. Logo, isso torna o jogo um pouco enjoativo e fará com que você pare de jogar um pouco para jogar mais tarde.

A torre é dividida em áreas, são diversas áreas e cada uma dessas áreas tem suas respectivas fases, para se passar de cada fase é preciso coletar os três itens que cada uma tem, os chamados MonitorEyes, a maioria deles são fáceis de se achar, basta ter um pouco de paciência para encontrá-las. Outra coisa que também tem em todas as fases são os Shadow Corridors, como o próprio nome já diz é um corredor, não é exatamente um corredor mas é um lugar onde você terá que passar para seguir em frente na fase. Ele não pode ser pulado e se você quer passar de uma parte na fase você terá que passar por ele, na maioria das vezes eles costumam ser mais desafiadores do que as fases em si.

No início você recebe uma espada, que no decorrer da jogatina será substituída por outras duas que darão mais habilidades ao jogador, com a primeira espada você matará os inimigos e só. Com a segunda você além de poder matar os inimigos poderá também ser "transportado" para o primeiro plano, através de portais escondidos em algumas fases. Já a terceira, bom, ela não tem muita coisa demais, apenas aumenta um pouco da sua força e te ajudar a passar de algumas fases especiais. Lembrando que apenas os inimigos de olhos vermelhos podem ser matados com a espada, os inimigos de olhos azuis só podem ser derrotados solucionando alguns puzzles, que é o que não falta no jogo.


O jogo também pode ser muito frustrante, primeiro porque em muitas vezes você confunde o primeiro plano com o segundo e acaba pulando objetos que só aparecem depois no segundo plano e sofrendo dano com isso ou ás vezes até morrendo quando você está pulando entre plataformas. E como se isso já não fosse uma sacanagem você ainda tem que voltar em vários lugares da torre para recuperar alguns objetos que foram deixados para trás e que são necessários para avançar no jogo.

As sombras ficaram simples mas os cenários ficaram belíssimos, alguns são banhados pela luz do sol e outros pelas lâmpadas que ficam espalhadas pela torre. Já a movimentação do personagem.. que coisa tosca. Seja ela em 2D ou em 3D (quando está controlando no primeiro plano). Já o som, não existe músicas e sim um ambiente acústico que te prende mais ao jogo e deixa um ar de suspense que fica desde o início até o fim do jogo.

A jogabilidade é boa, simples e responde corretamente. Analógico do Nunchuk para movimentar o personagem, A para pular (não há pulo duplo) e B para atacar e solucionar puzzles no primeiro plano. O único contra em relação a jogabilidade é que eles poderiam ter colocado um botão para atacar e outro para solucionar os puzzles com Spangle pois ás vezes ele acaba atacando alguma coisa quando você queria apenas solucionar algum puzzle. Depois de completar o jogo não tem muita coisa para fazer, apenas coletar o restante das 90 memórias que foram deixadas para trás, o que aumenta a vida do personagem. Quando um inimigo é morto ele libera pontos de experiência, que são usados para elevar o nível, e pontos de vida, para recuperar a vida.

Lost in Shadow é um jogo que merece receber uma chance, é claro que ele poderia ser menos repetitivo e com puzzles mais desafiadores mas mesmo assim foi um bom jogo produzido pela Hudson depois de tanta tralheira ser lançada. Tem uma história simples, gráficos bons e uma jogabilidade bem fluída. Consegue prende o jogador por um tempo médio de 20 horas com seu suspense, mas as fases e os puzzles acabam se tornando previsíveis mesmo antes de serem feitos.


O Veredicto

História: 6 - Simples, não serve para agradar ninguém e sim para por a sombra de um garoto em algum lugar de um castelo para que o corpo seja recuperado.
Gráficos: 8,5 - Visual muito bem trabalhado, sombras simples mas tudo no primeiro plano bem trabalhado.
Som: 7 - Não há música alguma, o som ambiente é o que predomina e dá um suspense ao jogo.
Gameplay: 8 - Boa jogabilidade, porém fases com desafios e puzzles bem previsíveis e fáceis.
Nota final: 7.3 -Bom.

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