Análise - The Simpsons Game (Wii)

Rapidinha
Gênero: Ação
Desenvolvedora: Eletronic Arts
Plataforma: Wii

---

Os Simpsons já estrelaram jogos de corrida, skate e até mesmo luta livre, todos não deram muito certo no final das contas, foram um fracasso de vendas e receberam notas baixas da crítica. Foi em Hit & Run que a família mais divertida da TV conseguiu finalmente, um bom jogo. Será que em The Simpsons Game aconteceu o mesmo?

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/833/833630/the-simpsons-game-20071107053905825.jpg

Na trama, Bart vai para a loja de jogos e convence o vendedor à lhe deixar comprar o novo e violento Grand Theft Scratchy, que logo é confiscado por Marge. Enquanto Bart resmunga, um manual de videogame cai do céu, bem na sua frente. Após dar uma lida, o garoto descobre que ele e sua família tem poderes especiais. O jogo é dividido em episódios, na versão para o Wii não há mundo aberto, presente apenas nas versões para os consoles HD. No total são 16 episódios, quase uma temporada. Cada episódio tem sua própria história , alguns são continuações de outros. Não apresentam dificuldade elevada e são até bem fáceis de serem completados, basta ter um pouco de paciência, pois alguns são bem cansativos em questão de tempo. Há cutscenes para cada episódio, em alguns episódios podem ter 2 ou mais, parecendo muito com um episódio atual da série.

As histórias de cada episódio são bem simples de se entender, mesmo você não tendo um bom conhecimento do inglês, você poderá saber do que se passa através das cutscenes, que podem ser puladas. Pena que os episódios apresentam elementos já bastante conhecidos pelos fãs da série, como um ataque alienígena causado por Kang e Kodos, um ataque de estátuas gigantes, etc. Desaponta os fãs mas alegra aos novatos. Há também referências a jogos como GTA e Medal of Honor.

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/833/833630/the-simpsons-game-20071107053855935.jpg

Os gráficos do jogo ficaram fiéis a série, tanto os moradores quanto os lugares de Springfield ficaram exatamente como são na série. Mas o que realmente se parece com um episódio são as cutscenes que, se comparadas a um episódio atual da série, não há diferenças. Já os gráficos do jogo em si não ficaram exatamente iguais a série, o que não tira o mérito da parte gráfica do jogo. A EA certou em cheio deixando as cutscenes e os personagens parecidos como são na série do que em 3D, como foi em Hit & Run. Um ponto negativo é que alguns vídeos durante um episódio misturam os gráficos do jogo com os gráficos das cutscenes.

O som do jogo é composto pelas vozes, músicas e sons das fases. As vozes dos personagens foram dubladas pelos dubladores americanos da série. Não há muita música no jogo, o ritmo ela fica de acordo com o que se passa na fase, cumpre seu papel. Os sons de algumas fases não ficaram bons, ruídos de algumas fases "machucam" os ouvidos e farão você querer abaixar o volume da televisão, como na fase da fábrica.

Os controles são simples e respondem bem, o que não é bom é o fato de você ter que fazer certos movimentos com o Wii Remote e o Nunchuk para realizar alguns especiais dos personagens. Todos os personagens tem seus especiais, que são ganhados ao longo do jogo. Todas fases são jogadas por dois personagens, em algumas podem ser Bart e Homer, Lisa e Bart, Marge e Lisa, etc. E também possuem itens colecionáveis para os personagens que estão sendo controlados, na maioria das vezes alguns são difíceis de ser encontrados e você acabará desistindo de pegá-los.

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/833/833630/the-simpsons-game-20071107053855404_640w.jpg

The Simpsons Game tem gráficos fieis a série, sons quase bons (se não fosse pelos sons de algumas fases), histórias para os episódios bem meia-bocas e, por causa dos movimentos, jogabilidade um tanto quanto confusa. Consegue agradar aos que pouco conhecem a série, mas desaponta aos fãs por não ter um mundo aberto e por ter elementos já conhecidos na série.

O Veredicto
História: 7 - Cada episódio tem sua história, alguns são continuações. Pena terem histórias meia-bocas e elementos já vistos na série.
Gráficos: 8 - Fiéis a série, cutscenes iguais a episódios atuais da série e gráficos do jogo em si quase iguais. Pena alguns vídeos no decorrer das fases misturarem os gráficos do jogo com os das cutscenes.
Som: 6 - Dubladores americanos fizeram as vozes que nós vemos nos episódiose músicas razoáveis, sons de jogo farão você querer abaixar um pouco o volume da televisão.
Gameplay: 7.5 - Tem um número de fases pequeno e a jogabilidade seria boa, se não fosse pelos movimentos para fazer certos especiais.
Nota final: 7.1 - Bom

----
Confira dois gameplays do jogo:






Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Carlos


Os melhores do ano - Premiações BDG

2010 acabou, e foi um grande ano para os games. Vários jogos e franquias amadas, novos consoles, novas tecnologias... e, é claro, um novo blog, o Blog do Gamer. E, agora que o ano acabou, decidimos olhar pra trás e escolher as melhores partes dele. Como é a primeira premiação, nos limitamos ao básico: os jogos, consoles e personagens do ano. E, pra não dizerem que fomos injustos, deixamos você, leitor, fazer sua escolha. Agora você confere os resultados em duas categorias: a escolha dos editores, a nossa, e a dos leitores, a sua. Confira e comente:


Esse post encerra o ano pro blog, e pra você também. Então saia, jogue videogame, assista TV ou vá beber e comemorar o fim de ano.

Boas festas e até mais,

Equipe BDG


Análise - Fifa 11 (Wii)

Rapidinha
Gênero: Futebol
Desenvolvedora: Eletronic Arts
Plataforma: Wii

---

Fifa é uma franquia que evoluiu muito de alguns anos para cá, principalmente em sua jogabilidade e em seus gráficos. Jogos de esportes como tênis, beisebol e golfe se encaixam perfeitamente com as funcionalidades do Wii Remote, pois todas as ações são feitas com as mãos. Já futebol, não. A EA errou feio em colocar movimentos para realizar jogadas em Fifa Soccer 09 e em Fifa Soccer 09 All-Play. Corrigiu grande parte desses erros em Fifa 10, mas não todos. O seu sucessor, Fifa 11, além de corrigir todos os erros restantes, incluiu mais novidades e modos de jogo.


Os gráficos continuaram os mesmos da versão anterior, jogadores magros, altos e construídos com visual cel-shading, parecendo um desenho animado e lembrando um pouco Fifa Street, o que é bom pois torna a versão para o Wii, uma versão única, completamente diferente das outras versões do jogo. A movimentação dos jogadores também permaneceu intacta, assim como os estádios, o campo, os torcedores, etc. O problema da versão anterior era de os jogadores não terem seus rostos bem detalhados, infelizmente, o problema continua nesta versão. Apenas os jogadores mais famosos possuem seus rostos mais detalhados e mais parecidos como são na vida real, como Kaká e Cristiano Ronaldo.

O som não mudou muito em relação ao anterior, algumas semelhanças são a narração e os sons de jogo. Mas uma grande novidade é que agora nós ouvimos tanto alguns jogadores, quanto os técnicos gritando algumas jogadas. Isso se torna ainda melhor quando descobrimos que além de gritos em inglês e espanhol, nós também ouvimos em português, francês e outros vários idiomas, variando da nacionalidade de cada jogador ou do local da partida. Pena que eles são repetitivos e sempre com as mesmas vozes. O que acaba tirando um pouco do brilho da parte sonora do jogo. Algumas músicas inclusas nesta versão podem ser encontradas também nas outras versões do jogo. Havendo pouca variação.


Chegou a hora de falar da jogabilidade.. sim, ela sofreu alterações que deixaram o jogo um pouco mais realista de se jogar e quem jogou a versão anterior não terá grandes dificuldades para se acostumar. Antes para se chutar, usávamos o movimento no Wii Remote, o que era bem chato. O botão que fica para fazer a função do chute agora é o B, que agora tem sua barra de força. Para tocar usamos o A e para cruzar pressionamos o A até uma determinada força que pode ser medida na barra que aparece logo abaixo do jogador selecionado. As setas fazem os dribles mais simples, quando o C é pressionado ao mesmo tempo o drible já é outro, mas o jogador tem que ter um nível de habilidade maior para efetuá-lo com perfeição. Para movimentar os jogadores usamos o analógico do Nunchuk. Balançando o Wii Remote o jogador dá o famoso carrinho e balançando o Nunchuk o jogador faz o "balão".

Quanto aos modos de jogo, eles não sofreram grandes mudanças. Os campeonatos, taças e copas nacionais e internacionais continuam os mesmos. A diferença fica por parte do novo modo de carreira, o Streets to Stadiums, tudo acontece da seguinte maneira nele. Você cria seu jogador e começa jogando nas ruas, em um time de rua qualquer, até no final do ano para que um time profissional o contrate para que você jogar nele. Ao longo disso temos os fame moments e os pontos de experiências. Ambos são conseguidos ao longo das partidas. Ah, e as partidas de rua podem ser jogadas assim como as partidas de exibição (amistosos), com qualquer um dos times do jogo. Ficando os 5 jogadores (1 goleiro e 4 na linha) melhores de cada equipe.


A EA conseguiu melhorar e inovar o já melhorado e inovador Fifa 10. Acrescentando um novo modo de carreira e de amistosos. Inovando até mesmo nos sons e nos gráficos, deixando a aparência dos jogadores mais conhecidos um pouco mais parecida de como são na vida real, pena que não foi a aparência de todos os jogadores. A jogabilidade foi melhorada deixando o jogo mais rápido.

O Veredicto
Gráficos: 8 - Continuam os mesmos em relação ao anterior. Jogadores com um visual cartunesco, altos, magros e criados com visual Cel-Shading.
Som: 7.5 - Sons de jogos e narração continuam bastante semelhantes. Novidade fica para as novas músicas e para os gritos que podem ser ouvidos vindo de jogadores e técnicos. Que apesar de serem em várias línguas são bem repetitivos e costumam ter as mesmas vozes
Gameplay: 8 - Jogabilidade com alterações que a deixaram melhor, campeonatos e copas intactas. Inclusão do modo Streets to Stadium, fator Replay maior.
Nota final: 7.8 - Bom.
----

Confira um gameplay:


-Gameplay-

Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Carlos


Análise - Disney Epic Mickey


Rapidinha
Gênero: Plataforma/Aventura
Desenvolvedora: Junction Point Studios
Plataforma: Nintendo Wii

----

Você pinta como eu pinto?

Eu cresci como um grande, grande fã da Disney, principalmente do Mickey. Passava tardes e tardes assistindo seus antigos cartoons e ficando fascinado com o nível de criatividade que o personagem possuía. Ele era um icône, adorado tanto por crianças como adultos. Mas o fato é que Mickey não é mais o que costumava ser. O personagem foi infantilizado ao extremo, deixou de ser cômico e herói e se tornou um amigão da criançada, apenas mais um personagem infantil descartável com programas idiotas e nenhum jogo bom em recente memória. Ele perdeu sua glória. E é procurando resgatar essa glória que aparece Epic Mickey, jogo diferente com uma visão sombria e única. Será que ele consegue ou Mickey já passou de sua hora e deve, também, cair no esquecimento?

Acredite, essa imagem diz muita coisa sobre o jogo. Ou não. Sei lá.

Ah, Mickey.. Não consegue ficar sem fazer besteira. Dessa vez, o atrapalhado personagem acorda em uma manhã e entra na oficina de Yen Sid, que estava criando um mundo para personagens esquecidos e/ou rejeitados, Wasteland. Ao mexer um pouco com a magia do lugar, acaba criando um monstro, que destrói Wasteland por completo. Apavorado, o rato tenta consertar o que fez, mas só piora a situação. Então, foge e volta para seu quarto. Meses se passam e Mickey se esquece do que havia feito até que, enquanto dormia, é puxado para dentro de Wasteland - pelo monstro que havia criado. Ele acorda, conhece Gus, um gremlin, e tenta achar uma maneira de voltar pra casa. É claro que nem tudo é tão simples, pois Mickey também descobre que a cidade, agora destruída e atormentada, está daquele jeito por sua culpa, e que ele deve deter o monstro - chamado Shadow Blot - que ele tinha criado, antes de partir. Vários personagens aparecem ao longo da jornada, desde Smee e Capitão Gancho até Horace Horsecollar, e cada um tem algum tipo de pedido pra você. Logo, você tem duas opções: ajudar à todos que aparecem no seu caminho e gastar muito mais tempo do que o necessário, ou ser mais direto e fazer o que é preciso sem perder tempo. Cada escolha afeta o modo como as pessoas te tratam, a ordem dos acontecimentos e o final que você verá. Ajude à todos e ganhará um final bom, onde todos se dão bem e ficam felizes. Passe direto e conseguirá um final um pouco pior, com sonhos destruídos e personagens arruínados. Isso realmente dá uma bombada no fator replay, pois é muito interessante ver cada um dos finais, assim como os efeitos das diferentes escolhas que você faz ao longo do jogo. E a história ajuda ainda mais, pois traz personagens e acontecimentos extremamente bem desenvolvidos e pode ser considerada o melhor roteiro que o Wii viu esse ano.

Junto com muitos personagens, também vem muitas missões secundárias, e esse é um dos maiores problemas do jogo. Quase todos os moradores com quem você fala ou é obrigado a falar te dão algum tipo de missão, que ficam se acumulando ao ponto de que você acabe se esquecendo do que ainda precisa fazer. É super comum, por exemplo, ter mais de 5 missões ativas ao mesmo tempo, com cada uma exigindo que você vá para partes totalmente diferentes de Wasteland. Mickey parece um pau mandado e você fica o tempo todo buscando livros perdidos, ou procurando itens pra aquele personagem chato, ou cumprindo missões dentro das missões secundárias (?) pra tentar ganhar Power Sparks e finalmente avançar. Todo o entusiasmo que existia no começo do jogo se perde e ele logo se torna chato, e essas seções parecem intermináveis.

O bom é que quando elas finalmente terminam você pode jogar de verdade e experimentar o que o jogo realmente tem pra oferecer. A jogabilidade é baseada no uso de tinta e solvente. A tinta cria, o solvente apaga. Cada cenário principal possui uma quantidade gigantesca de caminhos alternativos que podem ser explorados usando a habilidade de cada um. Sabe aquela pedra que parece um pouco mais clara que as outras? É bem possível que tenha algum tesouro escondido atrás dela. E as decisões não param por aí, pois até o modo como você quer enfrentar os inimigos fica à sua escolha. Você pode simplesmente derrotá-los com o solvente ou usar a tinta para deixá-los amigáveis e fazer com que te ajudem. Você é obrigado a explorar se quiser seguir adiante e, embora a exploração seja divertida, os problemas aparecem quando se está pegando embalo...

Cartoons clássicos são recriados em fases clássicas com estilo clássico e gameplay clássico. Eita.
Então você está lá, depois de uma cutscene incrível e uma escalada insana ao topo da montanha. Até que chega seu amigão, Gus, e diz: "Mickey, pra abrir aquela porta teremos que encontrar 5 válvulas e ativá-las, é a única maneira". Ok, parece divertido. Até que você para, gira a câmera, olha o cenário e percebe que é uma montanha gigantesca. Ah, pronto, acabou a diversão. E missões desse tipo acontecem em TODOS os cenários. E os cenários são enormes, o que te leva a ficar incontáveis minutos procurando sem parar até encontrar tudo que é necessário para prosseguir. E, embora a jogabilidade funcione, não há quem aguente esse tipo de repetição. Repetição essa que não para por aí, pois até os cenários 2D, que são bons, se repetem várias e várias vezes. Eles são a "passagem" dos cenários. Se quer ir pra Ventureland ou Mickeyjunk, tem que passar por um deles. E você tem que ir e voltar muitas vezes, o que torna a repetição ainda maior. Por sorte, os controles são bons e o jogo sabe intercalar essas missões tediosas com um pouco de ação de verdade e uma história fascinante, então você raramente ficará entediado. E sim, a câmera tem vida própria e tende a sair do lugar, mas pode ser consertada. Fica a dica: aperte C para centralizá-la no personagem novamente. E, se estiver tendo problemas com ela durante uma luta, aperte e segure C para que ela fique centralizada no inimigo. Simples, não?

O que realmente cria uma experiência fantástica é o visual do jogo. Os gráficos definitivamente não são os mais bonitos do Wii, mas o nível de detalhes e as referências fazem todos os defeitos que eles poderiam ter insignificantes. Dá pra notar que cada cenário foi construído com um cuidado enorme e é isso que torna o jogo especial: ele transpira Disney por todos os poros. Cada personagem, cada cartoon, cada colecionável e cada cenário tornam ele obrigatório pra qualquer fã do rato e da Disney em si, e fazem todas as missões secundárias idiotas valerem à pena. Como foi prometido, não é aquela coisa infantil e o jogo possui um visual bem dark que, embora não chegue a dar medo e nem seja aquela coisa bizarra e distorcida que prometeram, é legal de se ver e dá uma idéia diferente de lugares e personagens já conhecidos. Nesse quesito, Epic Mickey realmente impressiona.

Por incrível que pareça, Oswald é mais legal que Mickey. Vamos torcer para que façam Epic Oswald agora.

Mas e o som? Mickey não é mudo como grande parte dos heróis de videogame, mas mesmo assim não diz nada no jogo. Bem, não com a voz pelo menos. Todos os diálogos são contados em legendas, e os personagens apenas fazem pequenos gemidos (não pense besteira, pervertido), que são suas "falas" no jogo. A trilha sonora varia conforme o lugar e a situação (ficando mais calma enquanto está na cidade, seguro, e mais agitada em momentos críticos) e, embora não seja aquela perfeição toda, é realmente muito boa. É incrível ver como conseguem fazer tanto com tão pouco, e dar carisma à personagens que nem mesmo soltam uma fala concreta ao longo do jogo.

É uma experiência imperdível para todos os fãs de Disney. Controles bons, cenários incrivelmente gigantes, exploração quase que infinita e um fator replay muito bom. Ótimo visual, gráficos inspiradores, uma grande quantidade de extras e personagens esquecidos no tempo. Mas a pergunta é: ele realmente consegue alcançar todo o hype que criou?

Weeee!

O jogo, infelizmente, não consegue alcançar a expectativa gerada. A visão de Warren Spector, muito mais sombria e paranóica deu lugar à algo mais amigável e livre. A habilidade com a tinta e o solvente é bem limitada e, diferente do que foi dito, você simplesmente não pode sair criando ou apagando o que quiser. Embora o mundo seja vivo e com vários moradores, muitos deles são iguais e não têm nada de interessante pra falar ou adicionar, e a confusão provavelmente vai tomar conta da sua mente quando houver mais de 10 missões acumuladas e nenhuma pista do que se deve fazer. E você, que só fala português e não tem a mínima noção de inglês, ficará parado nos primeiros 5 minutos de jogo, porque o conhecimento da língua se torna extremamente necessário se quiser prosseguir. Objetivos e gameplay repetitivos chegam a ser frustrantes, e tanta exploração, de vez em quando, pode irritar. Os combates não são mil maravilhas, também, e o caminho para pegar o final "bom" pode ser longo e estressante, o que resulta em atalhos que acabam te levando ao final "ruim" (como eu).

Mas é um fato que mesmo se esses problemas fossem multiplicados por mil não conseguiriam tirar a genialidade de Epic Mickey. O jogo consegue, com sucesso, trazer de volta o Mickey cômico e aventureiro de antes e resgata um pouco o espírito de herói do personagem. Relembra antigos personagens, tão bons, que caíram no esquecimento e que nem deveriam estar lá, rejeitados. E, o principal: consegue ter toda a magia que a Disney havia antes de se perder em séries como Hannah Montana e filmes como Camp Rock. É uma grande homenagem ao que a Disney já foi, e que talvez nunca mais venha a ser. E, nesse sentido, Epic Mickey realmente é épico.

O Veredicto
História: 9,5 - Antigos personagens relembrados e um roteiro interessantíssimo que fará o jogador ficar colado na TV, querendo chegar ao final do jogo. Coisa rara de ser vista no Wii.
Gráficos: 7,5 - Não são os melhores do Wii e podem ser bem feios em certos momentos, mas os cenários superdetalhados compensam esse tipo de problema.
Som: 8 - Mesmo sem vozes o jogo consegue fazer um trabalho competente nessa parte. Afinal, é Disney.
Gameplay: 7 - Funciona, mas é limitado e cheio de missões idiotas que poderiam ter sido tiradas. E não fariam falta. Sério.
Nota final: 8 - Muito bom. Recomendado!

----

Confira um gameplay:



Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Leonardo P.


Análise - Sonic Colors


Rapidinha
Gênero: Plataforma/Aventura
Desenvolvedora: Sonic Team
Plataforma: Wii

---

É difícil decidir qual o estilo certo que Sonic deve seguir. O personagem já foi cavaleiro medieval, virou lobo, lutou contra deuses e impediu a destruição do mundo inúmeras vezes, mas não consegue ter um jogo bom há mais de 10 anos. E, por mais que corra sem parar, parece que nunca mais vai conseguir alcançar Mario, seu rival de longa data. Dessa vez a SEGA tenta a sorte com Sonic Colors, título que prometeu trazer de volta, melhorada, a jogabilidade vista em Sonic Unleashed, adorada pelos fãs. Será que ela finalmente acertou ou essa é apenas mais uma tentativa frustrada?

Sonic e a trupe do mal -n

Depois de aparentemente desenvolver um remorso pelo seu passado, Dr. Eggman abre um parque de diversões no espaço, que conta com várias atrações interplanetárias. Sonic e Tails vão investigar e acabam conhecendo Yacker, que vem de uma espécie de aliens conhecida como Wisps. Depois de várias tentativas de comunicação, eles descobrem que os Wisps foram sequestrados pelo Dr. Eggman, que planeja usar seus poderes para realizar seus planos malvados. O jogo deixa claro que é voltado para o público infantil, com diálogos que as crianças irão adorar, mas que simplesmente vão irritar os mais velhos. A narrativa é focada inteiramente no humor, trazendo sempre uma piada nova e deixando de lado o clima mais sério visto em jogos anteriores. Isso poderia ter sido uma boa adição, mas o humor é, em grande parte, infantil. Piadas sofríveis que parecem ter sido escritas por... mim estão presentes o tempo todo, e é mais provável que você acabe pulando as cutscenes à fim de evitar tamanha besteira. Sonic está extremamente convencido, de uma maneira irritante, e o jogo tem vários acontecimentos clichês, típicos de desenhos infantis. A narrativa, mesmo assim, é muito mais eficiente do que a da versão de DS, e é boa na maior parte do tempo. Não tem viagens ao passado, nem um roteiro desnecessariamente complicado, tampouco personagens secundários inúteis, e isso deve torná-la mais atrativa ao público que estava cansado desse tipo de coisa.

Na parte sonora, todos os personagens receberam novas vozes. A voz de Sonic está mais madura, e não combina muito com o personagem à primeira vista. Mas não demora muito para que você se acostume com ela e ache até mesmo normal. Vale ressaltar, porém, que a antiga voz combinava mais com o personagem, tanto que essa está recebendo bastante crítica por parte dos fãs. Tails, por sua vez, finalmente ganhou uma voz de garoto, que lhe cai como uma luva, e deixou de lado aquele tom infantilóide e feminino que sua antiga voz possuía - estava na hora, diga-se de passagem. Não temos muitas aparições especiais ao longo do jogo - de fato, não temos nenhuma - então os personagens principais fazem um trabalho ótimo com o que tem. Caso não goste das vozes americanas, pode ir no menu e trocar o áudio para japonês, colocando uma legenda na linguagem que preferir. Dificilmente você vai descobrir onde fica o escondido menu, mas fica a dica. Já nos cenários, a batida de rock que marcava os jogos anteriores foi tirada e agora dá lugar à músicas mais variadas, contando, inclusive, com a ajuda de uma orquestra. As músicas são boas - com exceção da música tema do jogo - e divertidas, combinam com as fases e não são chatas em sua maioria. Não chegam nem perto de ter a criatividade vista na era clássica, mas caem bem com o clima do jogo e, sem dúvida, se encaixam melhor do que qualquer batida de rock que temos visto nos últimos anos.

Sonic estimulando a obesidade infantil.

O jogo faz bonito na parte gráfica e traz cenários belíssimos que impressionam até mesmo quem está acostumado a jogar Xbox 360/PS3. Mesmo não conseguindo suportar a Hedgehog Engine (usada nas versões PS360, e que deu ao Unleashed seus belíssimos gráficos) o Wii não decepciona e traz algo igualmente belo e impressionante. O nível de detalhes que cada cenário possui é incrível e vai ser uma atividade à parte parar apenas para ficar observando-os. Como era de se esperar, é tudo muito colorido e bonito e cada novo cenário possui um visual único, que desperta curiosidade no jogador e o estimula à continuar jogando. As cutscenes têm gráficos in-game que são bons, embora a movimentação dos personagens pareça estranha algumas vezes e você consiga notar alguns serrilhados de vez em quando. Mas, para um console que toda semana recebe algum novo jogo de esporte tapa-buraco com gráficos que parecem ter saído de um PS1, pedir algo melhor do que isso seria pedir demais. Já é costume da SEGA sempre trazer belos gráficos e, dessa vez, ela não faz diferente. Sem dúvida um dos jogos mais belos do Wii, perdendo apenas para Super Mario Galaxy 2, que continua insuperável até o momento.

A inovação da vez está mesmo no gameplay. O jogo pega o que foi visto em Sonic Unleashed e aperfeiçoa, o gameplay está muito mais preciso e a maior parte do jogo acontece em visão lateral (2D). A velocidade foi diminuída e mais atenção foi dada às seções de plataforma, essenciais para um jogo que se diz platformer. Ele introduz os Wisps, aliens que dão diferentes poderes ao Sonic. Você pode voar, sair por aí destruindo tudo, virar um foguete e sair voando em direção ao céu, escavar o chão, entre outras coisas. Os poderes são divertidos e ajudam a liberar caminhos secretos, que não poderiam ser vistos sem os mesmos. Você vai liberando novos Wisps à medida em que passa o jogo, logo o fator replay se torna bem alto, pois você vai querer voltar nas fases anteriores para jogá-las novamente, dessa vez com novos poderes e novas possibilidades. Os cenários possuem uma variedade incrível e uma criatividade fora do comum, coisa rara de ser vista nos jogos atuais e até mesmo alguns elementos clássicos estão presentes e devem agradar jogadores de todos os gostos. Os controles respondem bem nas partes 2D e o jogo pode ser frustrante, mas é por falta de habilidade do jogador e não por controles ruins, como nos anteriores. Ele é, impressionantemente, divertido. Algo que estava faltando em outros jogos atuais e que é a chave de um jogo do gênero. Assim como a grande maioria de jogos do tipo, ele tem objetos escondidos pelas fases. Esses objetos são os Red Rings (anéis vermelhos, em tradução livre). Existem 180 Red Rings espalhados pelo jogo, e sempre que você pega um determinado número deles mais fases são abertas no Sonic Simulator. Pegue todos, passe todas as fases e conseguirá jogar com o poderoso Super Sonic, outro elemento que aumenta o fator replay. Ele também tem um modo multiplayer, onde dois Sonic's robôs (que podem ter a cabeça trocada pela do seu Mii) correm por cenários extremamente simples e curtos. O problema é que ele não funciona direito, pois dois Sonic's correndo ao mesmo tempo têm muita velocidade e exige que ambos os jogadores tenham muita habilidade com o personagem, o que geralmente não acontece. Ele pode se tornar divertido caso você tenha um amigo com experiência e tudo mais, mas geralmente quem pega o segundo controle é aquele cara que mal joga videogame e não sabe nem quem Sonic é, então as coisas ficam complicadas e o multiplayer se torna menos acessível. E não vá pensando que o jogo é perfeito, pois esse não é o único problema...

Alguns Wisps são inúteis, e dão habilidades que o Sonic já usava em jogos anteriores, como o boost ou o light dash. Outros simplesmente não tem graça nenhuma, como o Blue Cube. E, apesar da jogabilidade 2D ser uma maravilha, as partes 3D são defeituosas. O personagem parece escorregadio e de difícil controle, tornando comum que você sofra alguma morte desnecessária ao longo do caminho. Todos os chefes do jogo são repetidos, até mesmo o último, e extremamente fáceis. Você vai levar um bom tempo pra se acostumar com os controles e, ao jogar com o Wii Remote, muitas vezes ele não responde quando é preciso chacoalhar o controle pra ativar o Wisp, o que causa morte e frustração no jogador. O jogo é muito curto, podendo ser finalizado em cerca de 5 horas e, embora ele tenha muitas fases, a maioria termina muito rápido, em cerca de 2 minutos. O multiplayer está entre um dos piores já vistos e mostra que a SEGA ainda não entendeu como isso deve ser feito. O caminho certo não é com minigames, tampouco colocando dois Sonic's robôs juntos em uma só tela. O jogo é muito parecido com Mario Galaxy e chega até a ser uma cópia em certos momentos. E não, não é o tipo de cópia que consegue ultrapassar o produto original, infelizmente.

Corra, Sonic! Afinal, você só serve pra isso mesmo.

Sonic Colors é um jogo diferente. Copia muitas coisas já vistas anteriormente e tenta inovar. Consegue em partes e dá um pouco de vida para uma franquia que estava morrendo aos poucos. Não vai agradar à todos e ainda sofre de problemas vistos há 10 anos atrás, mas é um jogo acima da média se comparado com as atrocidades que a franquia tem visto. Se você estava esperando pelo retorno triunfal do ouriço, essa ainda não é a sua vez, mas sugiro que dê uma chance ao jogo mesmo assim. Existe um produto impressionante esperando para ser descoberto.

O Veredicto
História: 7,5 - Boa, mas extremamente besta em alguns momentos. Poderia ter sido melhor aproveitada.
Gráficos: 9,5 - Incríveis em todos os sentidos e algo raramente visto no Wii. Não fosse por Mario Galaxy, poderiam ser considerados os melhores do console.
Som: 8 - Música nova e boa, mas a voz de Sonic está estranha e o tema principal ainda machuca meus ouvidos toda vez que toca quando ligo o videogame.
Gameplay: 8,5 - Partes 2D mostram que têm potencial, mas velhos problemas de controles nas seções em 3D e alguns Wisps inúteis tiram qualquer chance que o jogo poderia ter de alcançar a perfeição.
Nota final: 8.3 - Muito bom. Recomendado!

----

Confira um gameplay:



Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Leonardo P.


Análise - NBA Jam (Wii)



Olá amigos do Blog do Gamer, hoje estou de volta com mais uma análise de um remake, dessa vez é do jogo NBA Jam do Wii, mas que também está disponível para Xbox 360 e PS3. Curtam a análise, não se esqueçam de comentar e de clicar aqui para me ajudar em uma promoção. Confiram:

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/109/1098341/nba-jam-20100615040927215_640w.jpg

Gráficos - Os gráficos ficaram coloridos e vibrantes, com sombras e reflexos bem realistas e ao mesmo tempo deixando um ar cartunesco e nostálgico. Os jogadores ficaram bem parecidos, os uniformes ficaram bem feitos, assim como o estádio e a torcida. Os movimentos dos jogadores permaneceram intactos com relação ao game original, foram acrescentados apenas alguns efeitos que os deixaram com um visual melhor ainda.
Nota: 9 - Cores vibrantes, visual meio cartunesco, jogadores com rostos e uniformes parecidos como são na vida real e movimentos originais com alguns efeitos acrescentados.

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/106/1066418/nba-jam-20100203031249791-000.jpg

Som - Ah, quem não se lembra das clássicas frases que o narrador soltava ao longo de uma partida, Boomshakalaka é um ótimo exemplo de uma delas. Pois bem, elas estão de volta, e agora com um narrador com um estilo bem parecido com o do narrador da versão original. Sons de jogo como de arremesso, bloqueio, empurrão e outros estão presentes também. Mas conta com músicas de menu quase que idênticas.
Nota: 8.5 - Consegue fazer alguns jogadores reviverem momentos nostálgicos de quando ficavam jogando horas e horas o seu SNES/MD em frente a televisão com seus amigos ouvindo um narrador "um pouco" maluco gritando com algumas jogadas. Um ponto negativo é que as músicas de menu estão quase que idênticas, ocorrendo pouca variação.

Gameplay - Como eu sempre gosto de começar falando sobre a jogabilidade, vamos lá! No jogo temos várias maneiras para se jogar. Nunchuk Style, onde usamos o analógico do nunchuk para mover o jogador, o botão A para passar a bola, o botão B para roubar a bola, o Z para usar o turbo e Z+B para empurrar os adversários, para arremessar e bloquear usamos movimentos no Wii Remote. Já no Wii Remote Style os comandos são mais simples e de fácil aprendizagem, setas controlam o jogador, A pede um passe, B aciona o turbo, 1 passa a bola e também pede para o jogador passar a bola e 2 arremessa e bloqueia, para empurrar os adversários usamos a combinação 1+2+B. Há também o Classic Controller Style, onde se usa o Classic Controller para jogar. Temos os modos: partida simples, campanha clássica (onde escolhemos um dentre os 30 times disponíveis e jogamos intensas 32 partidas contra times diferentes), Remix Tour (um modo onde jogamos partidas em determinadas regiões para conquistá-las), Remix Modes (Smash, Domination, Elimination, 21, Remix 2v2) e as Boss Battles que, como o próprio nome já diz, são as batalhas (ou partidas) contra os chefes. O jogo também conta com as já famosas Challenges, que são espécies de "títulos" que você vai conquistando, tais como ganhar cinco partidas na campanha clássica, ganhar uma partida 2v2 sem usar o shove (empurrão), entre outros. No total são 58 Challenges. No jogo temos 30 times com 3 jogadores cada , totalizando então, 90 jogadores.
Nota: 9 - Conta com muitas maneiras e modos para se jogar, vários times para se escolher e Challenges para conquistar.

http://wiimedia.ign.com/wii/image/article/108/1080843/nba-jam-20100330111224449.jpg

Comentários finais - NBA Jam está de volta depois de várias tentativas frustradas de voltar aos consoles. Conta com uma boa jogabilidade, que agrada desde o gamer mais antigo da série ao até mesmo o mais novato, gráficos melhorados e narração clássica.
Nota: 8.8 - Foi bom a EA ter deixado de lançar NBA Elite 11 para lançar apenas NBA Jam neste final de ano, pois no quesito diversão familiar ou até mesmo diversão casual, esse dá um show em NBA 2K11.

--------------------------------------------------------------------------------
Como ainda não adquiri a minha placa de captura confiram abaixo um gameplay retirado do YouTube:



Carlos


Análise - Sonic Colors


Dae manolada, tudo bem? Semana passada Sonic Colors (ou Colours) foi lançado na Europa. Depois de longas e árduas negociações com a SEGA, nós (leia-se “o grande Leonardo”) aqui do Blog do Gamer conseguimos uma cópia do jogo, terminamos e analisamos aqui, agora. Confira...se quiser, se não quiser, não confira:

Sonic ao lado da família Restart.
História – O jogo começa com uma CG, onde vemos Sonic e Tails indo para um parque de diversões interestelar criado por..Eggman. O bigodudo, aparentemente, virou um bom moço. Mas não demora muito para perceber que há algo maior por trás disso tudo: Eggman pretende usar os poderes dos Wisps, pequenos aliens (com aparição especial do carismático alienígena de Chicken Little) de outros planetas, que possuem grandes poderes, para acabar com Sonic, que, por sua vez, decide ir atrás de Eggman para acabar com seus planos, e conta com a ajuda dos Wisps. Ou algo assim. A história do jogo não é nem um pouco épica ou memorável, pra dizer a verdade. É o tipo de roteiro tapa-buraco feito apenas pra dizer que o jogo tem uma história (apesar de que não faria muita diferença se ele não tivesse). Não é tão infantil quanto a versão de Wii, mas tem sua própria cota de bizarrices e diálogos bregas. Ao contrário dos Rush’s anteriores, ele é contado por CG’s, assim como as de Wii, e não mais aqueles balões de diálogos (mas eles ainda estão no jogo). A história tenta ser simples e divertida, mas, sinceramente, um macaco teria feito um trabalho mais competente. Parece que a SEGA tem uma capacidade incrível de cagar no roteiro, sendo ele simples demais ou complicado demais. Salvo algumas aparições especiais, é completamente previsível e dispensável.
Nota: 5 – Simples e falha, não é o tipo de história que prende o jogador na frente do portátil. Também não é o tipo de história simples, mas satisfatória. É o tipo de história que não serve pra nada.

Gráficos – Já jogou Sonic Rush? Então...é exatamente a mesma coisa. O modelo dos personagens, os cenários, enfim, o gráfico em si é igual. Visualmente não é nada impressionante, e chega a ser meio feio em alguns momentos. É preciso levar em consideração, porém, que estamos jogando em um Nintendo DS. Os gráficos ficaram aceitáveis, não é o tipo de coisa extremamente espetacular, nem o tipo de coisa que faça seus olhos arderem. A melhor parte do jogo fica mesmo com as CG’s, tiradas da versão de Wii. Está dentro dos limites do portátil, que, todos sabem, não é nenhum gigante em gráficos. Poderia ter sido melhor trabalhado, poderia ter sido criado do zero. Mas é mais fácil pegar tudo pronto e apenas re-utilizar, e foi isso que a SEGA fez. Claro, os modelos dos personagens estão bons, os cenários ficaram até legais, e o jogo até que tem alguns efeitos bons, mas não é o tipo de coisa que nunca foi vista antes, que vai explodir sua cabeça ou te deixar verdadeiramente impressionado. No mais, você verá o de sempre. E o de sempre já deixou de impressionar há muito tempo atrás.
Nota: 7 – Bonitinho e ordinário, nada além disso. Para o DS está bom. Mas o problema fica claro quando temos que dizer "para o DS". É.

Oh mel dels, que chefe medonho! -n

Som - Sonic sempre é conhecido por ter uma boa trilha sonora. A SEGA consegue cagar em tudo, menos na trilha sonora. Sonic Colors é mais ou menos bom, mais ou menos ruim. Vamos fingir que a música tema do jogo não parece ter sido feita pela família Restart e que ela nunca esteve lá, ok. Os cenários possuem músicas boas, sim, mas nada além disso. São divertidas de ouvir, mas não tão fantásticas como as da era clássica - afinal, será que algum dia a SEGA conseguirá fazer algo no nível da era clássica? Tem umas sacadas boas, como quando você entra debaixo d'água e ela muda o ritmo, dando a impressão de que você está ouvindo-a debaixo d'água mesmo. Mas, assim como os gráficos, cumprem seu papel e nada mais. Os personagens, por sua vez, receberam vozes totalmente novas. Enquanto a do Tails melhorou, a de Sonic ficou bem mais madura e leva um bom tempo pra se acostumar. Felizmente, é algo que você mal vai ouvir, pois a maior parte da história é contada em balões, sem som. Os efeitos sonoros, em geral, são os mesmos utilizados em Sonic Rush. O som é bom, é legal. Mas nada que dê gosto e vontade de ouvir.
Nota: 7,5 - Músicas legalzinhas, vozes aceitáveis. Participação especial de Pe Lanza cantando a música tema do jogo. I'm Gonna Reach For The Stars...

Gameplay - Well...enquanto a versão de Wii não é nada mais, nada menos que um Sonic Unleashed 1.5, a versão de DS não passa de um Sonic Rush 3. O gameplay é exatamente o mesmo: você corre loucamente por cenários dinâmicos, acabando com os inimigos que nem sequer oferecem resistência e termina o jogo se perguntando se você realmente jogou, porque tudo que tem que fazer pra finalizá-lo é segurar o botão de boost. Você pode correr - Ah vá, é mesmo? -, pular, usar o boost, deslizar (?) e usar os poderes dos Wisps, os aliens amigões da vizinhança. Ele é dividido em seis mundos, cada um com duas fases e uma luta contra um boss. É curto, e pode ser terminado em uma tarde até. Ele consegue, sim, ser um pouco divertido e até serve pra passar o tempo, mas não espere nada mais profundo do que isso. O gameplay é totalmente repetitivo e a impressão é de que todas as fases são as mesmas. E os chefes, por sua vez, são todos programados da mesma maneira, logo, se você matou um, saberá como matar todos os outros. As habilidades dos Wisps são legais e servem pra dar uma variada no gameplay, mas não demora muito para que se tornem chatas e desinteressantes. É o tipo de coisa que impressiona no início, mas que é usada tantas vezes que acaba tirando o interesse. O jogo também tem alguns special stages, muito parecidos com os de Sonic 2, mas infinitamente mais fáceis. Primeiro, não tem como perder neles, só se não pegar o número determinado de esferas. As outras esferas, que ficam no caminho e deveriam causar algum dano no personagem podem ser chutadas e, no fim, são irrelevantes. Os cenários são extremamente simples e fáceis e a única maneira de não conseguir a esmeralda é sendo cego ou tendo sérios problemas de coordenação motora. Além de tudo isso, o jogo tem algumas missões, que contam com a aparição de alguns personagens especiais como Cream, e...bem, vou ser sincero: só tive paciência pra jogar a da Cream mesmo. As missões incluem tarefas como salvar 30 Wisps ou terminar o cenário antes que o tempo acabe, mas nem preciso dizer que são desnecessárias e que muito dificilmente alguém realmente vai querer completá-las. O jogo também tem um modo Versus, que eu não tive vontade de testar, e alguns extras, como imagens e todo o resto. Começa divertido, logo envelhece e é deixado de lado.
Nota: 8 - Funciona direito e começa divertido, mas perde o gás ao longo do caminho. Poderia ter sido melhor aproveitado e poderia ser mais original. Em suma, é um Sonic Rush com grandes melhorias, não que isso seja grande coisa.

Olha, Sonic Rus-- OH WAIT


Comentários finais - Sonic Colors é um passo no caminho certo - um passo muito curto -, mas que termina muito rápido e que poderia ter sido melhor aproveitado. É o tipo de jogo legal pra pegar e passar a tarde, mas nada além disso. Curto, repetitivo e lotado de missões idiotas, não é, nem de longe, o "retorno" tão esperado do ouriço. É melhor do que Sonic 4... Assim como qualquer outro jogo da face da Terra. Há!
Nota: 6.8 - É ruim, sim. Mas ao menos funciona direito, se isso vale de alguma coisa.

-----

Gameplay do jogo:



Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Leonardo P.


Análise - GoldenEye 007 (Wii)



Fala galerinha ligada aqui no Blog do Gamer, como vocês já puderam perceber hoje é dia de mais uma análise minha e o jogo analisado da vez é o remake do clássico do Nintendo 64: GoldenEye 007 para Nintendo Wii, que também tem sua versão para o Nintendo DS. Curtam a análise e não se esqueçam de comentar!

Bond agora está mais moderno, até tem seu MP20 com câmera de 15 megapixels

História - Basicamente, a história do game continua a mesma com exceção do protagonista.. O quê?! Quer dizer então que James Bond não está no jogo? É claro que não, Bond continua em GoldenEye, a diferença é que agora para o game se tornar um pouco mais atual, foi decidido que no lugar de Pierce Brosnan (ator que interpretou James Bond na época) o protagonista terá o rosto e a voz de Daniel Craig, o atual 007. Sem falar que agora Bond usa um telefone celular de última geração para escanear fotos e documentos importantes e se comunicar com o quartel-general. Toda a história do jogo é contada por cutscenes muito bem feitas, onde até aqueles que não assistiram o filme de 1995 ou jogaram o GE original conseguirão entender claramente.
Nota: 9.4 - Dessa vez a história é muito bem contada por cutscenes seguindo a história do filme. As diferenças ficam para o protagonista, que agora não é mais Pierce Brosnan e sim Daniel Craig, e também para o telefone celular que Bond usa para escanear fotos e documentos, talvez seja um dos únicos jogos baseados em filme que realmente mereça respeito.

Gráficos - Passados quase 15 anos depois do game original, mesmo alguns discordando, os gráficos precisavam de ser atualizados e essa é uma diferença básica ao jogar o game pela primeira vez, parece que a Eurocom trabalhou bastante quanto a isso e os gráficos ficaram sensacionais. Armas, cenários, personagens e objetos ficaram muito bem feitos e mesmo mantendo o estilo do game original ainda deixam um tom muito mais realista. O único contra nos gráficos é que em situações muito agitadas, tanto o cenário quanto alguns personagens sofrem uma pequena perda de qualidade, mas não é nada que faz os gráficos deslumbrantes de GoldenEye 007 perderem o brilho.
Nota: 8.3 - Os gráficos receberam uma melhora notável, tanto armas quanto os cenários e personagem ganharam visuais incríveis. O único ruim disso tudo é que mesmo tendo gráficos bons, em horas muito agitadas eles perdem a qualidade.

Vire-se para trás e sofrerá as consequências, Bond.

Som - A dublagem em geral ficou muito boa, até porque no game original não existia bem uma dublagem pois a história em si não era contada por cutscenes que meio que "exigem" vozes dos personagens.. enfim, Pierce Brosnan fez a dublagem de Bond e outros dubladores fizeram a dublagem de outros personagens que você encontra no decorrer do jogo (como Alec e Natalya). Já as clássicas músicas que compõem a trilha sonora original estão de volta com uma qualidade muito melhor do que no Nintendo 64, pode até não ser notável para alguns, mas para outros pode ser totalmente nostálgica e envolvente. Os sons de tiros e explosões ficaram realmente fantásticos, novamente dando um ar muito realista ao jogo.
Nota: 9 - Excelente trilha sonora que deixa um ar nostálgico e dubladores que combinam muito com os personagens, com exceção de Bond é claro, que é dublado pelo próprio ator atual: Daniel Craig.

Gameplay - Para ninguém reclamar da jogabilidade, o jogo oferece várias combinações para se jogar, o jogador pode escolher por jogar com Wii Remote + Nunchuk, Wii Zapper, Classic Controller ou com o controle do Game Cube. Jogando com a combinação Wii Remote + Nunchuk, para quem não está acostumado com os shooters do Wii, no começo pode ser um pouco estranho jogar sem o acessório Wii Zapper, mas com menos de meia hora já dá para se acostumar e já sair dando headshot's. No jogos temos o modo história e o modo Multiplayer que, diga-se de passagem é o mais divertido. Nele podemos jogar de 1-4 pessoas com a tela dividida, caso seja uma partida com três pessoas, o jogador de número um fica com a tela do mesmo tamanho das outras, mas centralizada na metade de cima da TV, e também podemos jogar de 1-8 pessoas online que, no final de cada partida o jogo dá um monte de estatísticas, tais como o mais letal, quem jogou mais granadas, etc. Sem falar também da volta da famosa opção de trapaças.
Nota: 9.2 - Conta com diversas combinações para se jogar e com dois modos de jogo. Com destaque para o Multiplayer que está de volta com alto estilo podendo jogar tanto offline (de 1 até 4 jogadores com a clássica tela dividida) quanto online (de 1 até 8 jogadores), diversão garantida jogando offline e/ou online.

Experimente jogar com o Classic Controller Pro dourado e deixe com inveja qualquer dono de um Classic Controller comum

Comentários finais - Bond volta com estilo nesse clássico remake do Nintendo 64, que deixa no chinelo qualquer Call of Duty ou Battlefield de Xbox 360/PS3, oferecendo várias combinações para se jogar e com gráficos e sons muito bem feitos.
Nota: 8.9 - Não se tente enganar que a Activision destruiria um dos maiores clássicos da Nintendo pois esse jogo consegue oferecer a mesma (se não melhor) diversão que o original oferecia. Agora basta chamar seus amigos para jogar em sua casa.. caso não tenha amigos não há com o que se preocupar, basta jogar online com até 8 pessoas. ;D

--------------------------------------------------------------------------------
Como ainda não adquiri a minha placa de captura confiram abaixo um gameplay retirado do YouTube:



Carlos


Análise COMBO - No More Heroes + No More Heroes 2: Desperate Struggle


Dae manolada, tudo bem? Estamos aí em mais uma segunda-feira, onde eu poderia estar matando, poderia estar roubando, poderia estar namorando, poderia estar jogando, mas estou aqui cumprindo minha rotina e escrevendo uma análise. Semana passada eu não analisei nenhum jogo, então decidi pegar dois jogos da mesma franquia pra analisar nessa semana. O resultado você confere nesse combo inédito de No More Heroes e No More Heroes 2, para o Nintendo Wii. Não perca tempo e confira:

No More Heroes:

Fap-se com cuidado.

História - O jogo conta a história de Travis Touchdown, um típico otaku. Depois de ganhar uma katana em um leilão de internet ele fica sem dinheiro para comprar video games e vídeos de luta livre. Ele então conhece Sylvia Christel e aceita o trabalho de matar Helter Skelter, também conhecido como "the Drifter," o que deixa ele no 11º lugar do ranking da United Assassins Association (Associação dos Assassinos Unidos), um órgão de governo dos assassinos. Ao perceber que ele tem a oportunidade de chegar ao topo, ele sai em busca de se tornar o assassino número um da UAA. A história do jogo não é contada de maneira tradicional: tudo passa muito rápido e o jogador pode até mesmo achar ela confusa - mesmo sendo muito simples. Não é super elaborada, não tem suspense, nem um mundo em perigo ou outro elemento clichê, mas consegue prender o jogador até o fim com suas grandes doses de humor e, em certas partes, drama. É engraçado ver como Suda51 desenrola o enredo de maneira única e, apesar de terminar com algumas pontas soltas, a história não decepciona. Quando você pensa que já está por dentro de tudo vem o final do jogo, levantando muitas questões sem resposta. Quer jogar? Vá em frente. Uma maré de piadas sexuais, nonsense e que vão te fazer questionar porque está jogando-o te esperam. E você vai gostar.
Nota: 8 - Enredo simples, porém complexo (?) e com narrativa única. É o tipo de coisa que não se vê toda hora e, enquanto vai ser espetacular para alguns, pode ser simplesmente idiota para outros. É o tipo de roteiro nonsense feito de uma maneira genial, mas que não dá pro bico de todo mundo.

Gráficos - O Wii nunca foi conhecido por seus gráficos de dar inveja ou sua imagem em HD e, enquanto alguns jogos atuais conseguiram fugir do padrão e impressionar, No More Heroes dá a impressão de que falta algo. É de 2007, então eu poderia dizer que são aceitáveis e tudo mais mas, pare pra pensar. 2007 foi o mesmo ano em que saiu Mario Galaxy, título que quebrou todas as barreiras que o Wii vinha enfrentando e mostrou toda a capacidade do console, não apenas na área gráfica, mas em todo o resto também. NMH não é nada horroroso, mas dá a impressão de que faltou um pouco de polimento. Santa Destroy (a cidade onde se passa o jogo) é meio sem vida e todas as pessoas, carros e prédios são bons, mas só. Nada é excepcional e nem se esforça pra ser. De um jeito mais fácil de entender: é o tipo de coisa que poderia ser reproduzido em um PS2, sem grandes dificuldades até. Mas é como dizem: o que importa é a diversão, e não os gráficos. E, como o jogo nunca se preocupou em ser apenas mais uma carinha bonita na sua prateleira, isso não atrapalha muito.
Nota: 6,5 - Quer algum jogo bonitinho pra matar o tempo? Pena, não é aqui. NMH passa longe de ser um dos jogos com melhores gráficos do console.

Você salva o jogo ao dar uma aliviada. Hardcore em todos os sentidos.
Som - Na época do seu lançamento, o jogo recebeu muitas críticas à sua dublagem ocidental. Mas não, não é nada ruim dessa maneira. De fato, o jogo se sai bem com o que tem, com dubladores que combinam com os personagens e que conseguem adicionar um toque único ao jogo. São melhores que os dubladores americanos de Naruto UNS 2, e isso é o bastante para torná-la aceitável. A trilha sonora dá certo com o ar punk que o jogo impõe e, mesmo não sendo notável e/ou fantástica consegue divertir o jogador. Você quase não vai prestar atenção, mas, no fim, não faz muita diferença. É melhor do que ouvir o Suda51 sendo dublado por um negão no trailer de NMH 2 (não entendeu? Clique aqui).
Nota: 7 - Nem ruim demais, nem bom demais. É o tipo de coisa que fica na medida e consegue agradar à maioria. E isso é o suficiente. Eu acho.

Gameplay - Tadam! A minha parte preferida. O gameplay é o fator essencial para que um jogo se dê bem comigo. NMH acerta em muitos quesitos, mas também erra em outros. Vou começar explicando os modos de jogo: espera, espera. Na verdade ele só tem um modo. Continuando, você controla Travis e, desde o começo, tem uma cidade aberta para explorar. Você pode pegar sua moto e sair andando por aí. Isso seria ótimo se fosse bem trabalhado, mas não é o caso. A cidade é muito limitada e pequena, suas opções são poucas e o que mais irrita é o sistema de colisão com os objetos e pessoas. Você pode passar do lado de um carro e "bater" nele sem nem mesmo ter encostado no veículo. Você tem pouca interação com o cenário e pouca coisa pra fazer além dos trabalhos pra ganhar dinheiro. Pode não ser nenhum GTA, mas a cidade tem seus méritos: é divertido ir nas lojas e comprar roupas, armas, vídeos, brincar com sua gata Jeane e etc. O jogo segue um padrão: você luta por um ranking maior e depois volta à cidade, onde tem que fazer alguns trabalhos até conseguir o dinheiro necessário para disputar a próxima luta. O único problema é que esses "trabalhos" consistem em minigames que logo se tornam chatos e repetitivos. As lutas, por sua vez, fazem valer à pena o tempo que se gasta nesses minigames e, apesar de serem bem difíceis em alguns momentos, agradam aos jogadores sempre trazendo muito sangue e violência. Nelas, você pode: cortar com a katana, dar socos e chutes, mirar e se esquivar dos ataques do oponente. O jogo faz pouco uso dos sensores de movimento do Wii. De fato, ele só é necessário quando o inimigo está à beira da morte. Nesse momento uma flecha pipoca na tela, indicando uma direção para que você mova o Wii Remote e acabe com o oponente de forma brutal. Parece legal, mas dá a impressão de que é sempre da mesma forma. Você pode fazer um corte na vertical, na barriga, enfim, é sempre a cabeça dele que vai sair voando. E não é preciso muito para derrotá-los: metralhe o A até não poder mais. E os ataques com mãos e pés? Não fazem muita coisa, só servem pra deixar o oponente tonto e, quem sabe, aplicar um golpe de luta livre para finalizá-lo. Você mal irá usá-los simplesmente porque são fracos e não conseguem fazer nenhum combo, é apenas um ataque isolado que muitas vezes acaba sendo inútil. E, mesmo sendo legal fatiar e fatiar sem parar, isso pode se tornar repetitivo. No geral, NMH diverte e vale à pena, funciona na medida do possível e é bom, mas falta aquele "algo mais".
Nota: 7.5 - Sistema de colisão estranho, gameplay meio repetitivo, minigames ruins, metralhe o A para passar. Mas funciona. E funciona bem. E é divertido! E isso basta.

Sangue? Onde?
Comentários finais - NMH é o tipo de jogo que aparece de nunca em nunca. Narrativa diferente, gameplay diferente, conceitos diferentes e uma execução diferente. Ele é perfeito para os jogadores hardcore, mas sem nenhum grande atrativo para os casuais. É uma compra mais do que válida pra quem tem Wii e está cansado dos platformers de sempre, ou que busca algum jogo hardcore diferenciado e único. Ou os dois.
Nota: 7.2 - Suda51 traz uma experiência imperdível para qualquer gamer que se considere hardcore, mas que ainda sofre de alguns dos velhos problemas. No geral, vale a grana investida.

----
Confira dois vídeos de gameplay mostrando a primeira fase completa:

Parte 1:


Parte 2:


--------------------------------------

No More Heroes 2: Desperate Struggle

Shinobu conferindo o hálito de Travis.
História - Três anos se passaram desde que Travis Touchdown se tornou o número um da United Assassins Association (UAA) e desapareceu. Agora, ele volta para Santa Destroy e enfrenta Skelter Helter, que quer se vingar de Travis, que matou seu irmão Helter Skelter no primeiro jogo. Depois de ganhar a luta, ele encontra Sylvia Christel novamente, que o informa que ele está na posição 51 do ranking. O quase-morto Skelter Helter interrompe-os e diz à Travis que ele terá sua vingança. Na mesma noite, um grupo de criminosos matam o melhor amigo de Travis, Bishop, e jogam sua cabeça na janela de Travis, dentro de um saco. Travis, furioso e procurando vingança, pede para que Sylvia arme a próxima luta. Sylvia diz à ele que quem comandou o assassinato foi Jasper Batt, Jr., o CEO da Pizza Bat e o novo assassino número um no ranking. No primeiro jogo, Travis acabou com três tentativas diferentes da Pizza Bat se expandir em Santa Destroy assassinando seu CEO. Três anos depois, com Travis fora da jogada, a Pizza Bat conseguiu se formar em Santa Destroy e comprou praticamente todos os negócios da cidade. Travis resolve escalar o ranking mais uma vez para se vingar de Jasper. A história é um pouco mais elaborada do que a do primeiro, mas segue a mesma linha: piadas sexuais pra lá e pra cá, coisas inesperadas, nonsense e assim por diante. Embora seja uma continuação ele não depende inteiramente do seu predecessor, portanto até mesmo quem não jogou o anterior não terá problemas em entender o que se passa nesse aqui. Alguns dos inimigos favoritos - ou nem tanto assim - dos fãs dão as caras novamente, e cada novo assassino possui sua própria identidade e um certo carisma. A história, além disso, está bem mais presente dessa vez, o que prende o jogador mais ainda. Ao mesmo tempo em que é engraçada, a história consegue manter um ar sério, inclusive contando com um final surpreendente que ficará na sua memória por muito tempo. Ainda cai nas graças de alguns dos velhos clichês, mas sua genialidade compensa tudo que poderia dar errado. Lembra que eu falei das pontas soltas do primeiro? Pois é. Ele não se esforça para consertá-las e, enquanto resolve alguns mistérios, levanta outros. Maldito seja, Suda51. Travis está de volta. E dessa vez está mais legal do que nunca.
Nota: 8,5 - Vai ainda mais longe do que o primeiro e consegue prender o jogador, apesar de ser totalmente nonsense em algumas horas. Não serve pra todo mundo, também. É o tipo de coisa que você vai amar ou vai odiar, não existe meio termo.

Gráficos - Estamos em 2010, anos depois do lançamento do primeiro título. Ora, espera-se que os gráficos foram melhorados, né? Com certeza. Enquanto o primeiro nunca se preocupou com isso, o segundo traz um visual impressionante e muito além do que o anterior jamais sonhou em ser. Os personagens, assim como os ambientes, possuem um nível de detalhamento incrível e é possível ver como eles foram cuidadosos, pois até o cabelo do Travis se move. As cutscenes conseguem ser mais bem feitas que as do primeiro, também. Foi um aprimoramento geral, então, se você jogou o primeiro e também achou que deixou à desejar, não terá esse problema aqui. Claro, claro. Não é o melhor gráfico do Wii, nem o jogo mais fofinho ou bonitinho do mercado. Mas faz bonito.
Nota: 9 - Levando em consideração o primeiro jogo, esse surpreende. Cabelos mais vivos, chão mais polido,  personagens ainda mais carismáticos. Evolução de verdade em todos os sentidos.

Pobre Travis. Três anos se passaram e não conseguiu se livrar do vício do fap.
Som - Isso pode doer para alguns, mas a dublagem é a mesma do primeiro jogo. Calma, tem a parte boa: ela sofreu uma grande melhora. Enquanto no primeiro jogo víamos falas bizarras interpretadas de maneira bizarra, parece que os dubladores finalmente entenderam os personagens e se encaixaram com o clima do jogo. A trilha sonora? Ah, sacomé. Continua tendo aqueles lances de guitarra, com um ar mais "punk", mas nem por isso notável e/ou espetacular. No mais, o jogo consegue reproduzir tudo de maneira fiél, apresentando uma melhora não apenas gráfica, mas também sonora em relação ao primeiro jogo. Afinal, isso era o mínimo que ele devia fazer, né.
Nota: 8 - A dublagem deu uma leve melhorada e a trilha sonora continua esquecível (?), mas tudo é bom e combina com o jogo. Tem o necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais.

Gameplay - À primeira vista, um belo tiro na cara. O estilo de câmera foi mudado, os controles parecem diferentes e, veja só, cadê aquela cidade que você adorava explorar? Pois é. Mas você percebe que tudo é questão de se acostumar e, quando isso acontece, o jogo fica bem melhor do que o antecessor. Vamos começar por...ah, sim. A cidade foi substituída por um mapa, que contém todos os lugares que você pode ir. Isso é uma grande decepção de inicio, mas agiliza o rumo das coisas. As lutas por ranking também mudaram, agora elas ficam disponíveis automaticamente umas atrás das outras. Escalar do nº51 para o nº1 se torna uma tarefa rápida e fácil, visto que não é mais preciso juntar dinheiro para pagar as lutas ou jogar os minigames. Sim, os minigames estão lá, mas você só faz se quiser dinheiro pra comprar armas, roupas ou algo do tipo. Mesmo não sendo obrigatórios, você vai perder muito tempo com eles, simplesmente porque estão melhores do que nunca. O estilo 3D e ruim que assombrava os minigames do primeiro título foi substituído por minigames de 8-bits, com tarefas que lembram as do primeiro jogo mas que são infinitamente mais divertidas. E então temos as lutas por ranking, que continuam no mesmo estilo do primeiro. O sistema de combate recebeu uma grande melhora, e dessa vez é possível não apenas trocar de arma durante a luta, mas também dar combos com os pés e as mãos. Ao final de cada luta da história principal aparece um quick-time event, indicando uma direção para balançar o Wii Remote ou mexer o analógico. Enquanto no primeiro tinhamos pouca variedade na hora de finalizar o oponente, agora você pode cortá-lo na direção que quiser. A cabeça? Ok. Cortar no meio, vertical e horizontal? Pode ser. O jogo traz muito mais liberdade na hora de assassinar os inimigos e também um novo medidor que, quando cheio, lhe dá uma super velocidade e te deixa mutilar vários inimigos por tempo limitado. Parece que deixa o jogo fácil, mas não se engane: a única maneira de enchê-lo é acertando vários ataques sem levar nenhum. Duro, eu sei. Além disso, o jogo traz mais personagens jogáveis: você pode controlar a Shinobu e até mesmo Henry, o irmão de Travis. O fator replay logo se torna muito alto, já que você vai querer jogar os minigames novamente, assim como testar os novos modos de jogo habilitados depois de terminá-lo e liberar tudo que pode ser liberado. Enquanto tudo foi melhorado, a dificuldade de alguns chefes ainda continua alta e, mesmo se adaptando ao novo mapa, você vai sentir falta da antiga cidade aberta e do sistema de liberar lutas por ranking, que caracterizou o primeiro jogo. Está mais divertido, mais brutal, mais legal. Mas parece que passa rápido demais.
Nota: 8,2 - Traz novas coisas que funcionam e recebeu uma grande melhora, mas tira a cidade do jogador e agiliza as coisas sem necessidade. Mas continua divertido como sempre, e, no fim, o que vale é a diversão. Por mais violenta que seja.

Siga as ordens do seu professor gay e malhe para ter um corpinho sarado. Oh yea.
Comentários finais - NMH 2 mostra uma grande melhora em relação ao primeiro, aprimorando-se em todos os sentidos e trazendo uma experiência ainda mais imperdível para qualquer um que gosta de jogos hardcore. Mesmo com todas as qualidades, é rápido demais. Enquanto o primeiro demorava em torno de 10 horas pra ser finalizado, consegui terminar o segundo em 8 horas e 44 minutos, isso porque parei várias vezes pra treinar, jogar os minigames e adestrar a sua gata, Jeane. Acaba rápido demais e dá a sensação de "quero mais". Esperemos e oremos por uma continuação, então. Amém.
Nota: 8,4 - Mais brutal, mais punk, mais hardcore. Precisa dizer mais alguma coisa? Recomendado!

---------
Confira dois gameplays legendados do jogo, mostrando a primeira fase completa:

Parte 1:



Parte 2:


Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!

Leonardo P.


Análise - Naruto Ultimate Ninja Storm 2


E aí manolada, tudo bem? Semana passada eu comprei o jogo Naruto Ultimate Ninja Storm 2 - disponível para Xbox 360 e PS3 - e comecei a jogar desesperadamente para terminá-lo e, claro, analisar aqui. Jogo terminado, análise escrita. Não perca tempo e confira:

Naruto exibindo seu novo lápis de olho. Arrasou!
História - Depois de 3 anos de treinamento, Naruto volta para Konoha junto com Jiraiya. Depois de botar a conversa em dia com seus amigos, acaba sabendo que Gaara - agora Kazekage - havia sido raptado por membros da Akatsuki, uma organização criminosa. Naruto então parte para resgatá-lo antes que seja tarde demais. O jogo começa desse ponto e cobre uma grande parte da história do mangá, começando com a jornada atrás de Gaara e indo todo o caminho até o exaustivo treinamento para se tornar um Sennin e lutar contra Pain. Ao contrário de outros jogos baseados na saga, ele consegue contar a história de maneira detalhada, cinematográfica e com boas doses de drama. Enquanto outros jogos eram feitos apenas para fãs da série, agora todos podem entender a história. Ele, no entanto, pula alguns atos à fim de agilizar as coisas (se fosse mostrar tudo exatamente no ritmo do anime demoraria dezenas de horas), como é o caso da luta contra Killer Bee e assim por diante, mas não é nada que vá prejudicar a experiência ou dificultar o entendimento dos acontecimentos seguintes. Ao mesmo tempo em que alguns irão adorar, outros irão odiar pela quantidade de diálogos que se fazem presentes. Conversas que parecem durar cada vez mais podem acabar com a paciência de qualquer um, principalmente aqueles que nunca viram o anime (que é da mesma maneira). Com um gosto especial para os fãs e, ainda assim, boa para todo mundo, o jogo mostra que é possível contar uma boa história de maneira simples e bem pensada. No fim, você vai se ver querendo saber o que acontecerá com o destino de Sasuke e Naruto. Bem...espere pela continuação.
Nota: 9 - O jogo cobre uma grande parte da história e conta ela de maneira detalhada e cativante, saindo na frente de todos os outros jogos baseados em animes/mangás. Narrativa quase perfeita.

Gráficos - Sabe aquela velha técnica de Cel Shading? Isso, aquela que faz as coisas parecerem que são de um anime/desenho. O título pega essa velha técnica e consegue levá-la ao extremo. Esqueça tudo que você já viu em jogos passados: esse é um dos títulos mais bonitos da geração. O design dos personagens é extremamente fiél - o mais fiél até agora, diga-se de passagem - e você vai ficar simplesmente de boca aberta ao passar pelos lindos cenários que parecem ter saído das páginas de um mangá. E o jogo ainda usa alguns ângulos de câmera ousados, que destacam ainda mais o poder dos gráficos que ele possui. Eu sempre digo que gráficos não são tudo e que a diversão sempre deve vir primeiro, e é verdade. Mas, quando vemos algo desse tipo, não dá pra fazer nada além de desejar que todos os outros jogos fossem dessa maneira.
Nota: 10 - Para um jogo baseado em anime os gráficos ficaram perfeitos. Você vai sentir como se estivesse dentro de um episódio e os fãs, sem dúvida, não terão do que reclamar. A série já havia chamado a atenção quando chegou ao PS3 como um exclusivo, e agora está de volta ainda melhor. Ratos de gráfico, corram e aproveitem!

A fúria do emo.
Som - Você começa o jogo. O logo da desenvolvedora aparece na tela e você é apresentado à um belo - e bota belo nisso - vídeo de introdução. Tudo parece perfeito...mas aí aparece a Sakura e, com a sua "bela" voz americana, grita: "Hurry, Naruto!". Bate uma vergonha. Você corre para o menu e entra nas opções: pra sua sorte, tem como selecionar as vozes japonesas. Ufa, está à salvo! É exatamente isso que vai acontecer quando você jogar pela primeira vez. A dublagem japonesa consegue passar uma emoção incrível e é de uma competência sem igual, mas as vozes americanas não conseguem fazer nada além de dar vergonha. Sério, como conseguem pegar dubladores desse tipo? Eu poderia sair na rua agora e formar uma equipe amadora, e ela faria um trabalho mais competente do que os "profissionais" americanos. Bom, passada a vergonha, a dublagem japonesa usa as vozes originais do anime - claro, né - e consegue ser simplesmente perfeita. Quem já assistiu, mesmo que um pouco, sabe o que esperar. Já a trilha sonora...bem, ela não fede nem cheira. Apresenta músicas que, na maioria do tempo, você nem vai notar e consegue dar um draminha aqui e ali mas, em geral, nada realmente espetacular. Pelo menos é melhor do que a dublagem americana.
Nota: 8 - Enquanto as vozes japonesas conseguem ser super boas, o jogo perde dois pontos nesse quesito por causa da horrível dublagem americana e a trilha sonora capenga. Morram, dubladores americanos. Morram.

Gameplay - A cereja do bolo do ninja Naruto (?). Bom, vamos começar explicando os modos, assim como os controles: Primeiramente você tem o modo Story, que - veja só! - te deixa jogar os acontecimentos da história do anime. Quem jogou o anterior vai notar uma grande mudança que, sem dúvida, irá te deixar decepcionado (ou alegre, nunca se sabe): você não possui mais um "mundo aberto". Aquela Konoha gigantesca, que te deixava pular em prédios e andar por aí feito um sonso foi dividida em partes, que usam ângulos fixos de câmera e não permitem muita exploração. O mapa é bem grande, mas perde um pouco da graça com isso. Apesar de parecer chato no início, não se engane: é realmente chato. Mas você logo se acostuma e não vai nem ligar, porque as lutas, no fim, são mais importantes do que a exploração inútil. Por isso ele é um jogo de "luta", e não "exploração inútil". Ainda assim, uma grande perda. O mapa, como era de se esperar, tem várias localizações e missões secundárias. Enquanto as missões principais são ótimas as secundárias são uma birosca, na falta de termo melhor. Uma delas inclui recuperar mais de 30 bonecas amaldiçoadas que assumiram a forma de seus companheiros (?). Outras são coisas mais simples - mas nem por isso menos estúpidas - como entregar coisas e assim por diante. Uma reclamação vai para o sistema de replay de lutas da história principal: aquelas lutas extremamente fantásticas, recheadas de quick-time events. Você não pode jogá-las novamente ao terminar alguma delas. Ao invés disso, tem que sair perambulando o mapa tentando achar Memory Crystals, que deixarão elas disponíveis para se jogar novamente. Isso sem dúvida é um estímulo para que o jogador explore o mapa e conheça seus segredos - e existem bastante -, mas não é muito interessante de se fazer. Depois temos o modo Free Battle, que te deixa escolher os personagens que quiser e lutar livremente, seja com amigos, sozinho, com um personagem ou até mesmo três. Se você não quiser jogar o modo história, também pode liberar os personagens que faltam jogando o Free Battle, mas é bem mais trabalhoso. Na batalha você pode correr, carregar seu chakra, bater, lançar shurikens/kunais, defender e, se estiver com mais de um personagem, chamar seus amigos para aquela "ajudinha especial" - sim, estou falando da voadora. O que parece ser um sistema de combate simples logo se torna extremamente complexo e profundo, exigindo muitas horas de treino até conseguir ser um verdadeiro ninja nas batalhas - "ninja", sacou? Há! São várias as combinações e combos que se pode realizar, e é realmente muito divertido jogar horas e horas sem parar. Depois temos o modo online, em que você luta contra oponentes do mundo todo e testa suas habilidades. Mesmo depois de zerar o jogo ainda vai ter um fator replay muito alto, e você vai tentar voltar não apenas para achar os colecionáveis, mas também para disputar algumas lutas descompromissadas. Claro que nem tudo eu posso explicar aqui (você já deve estar cansado de ler à esse ponto), mas tudo funciona extremamente bem e o gameplay é quase perfeito. Comparando com os jogos antigos do ninja loirinho, é o melhor sem dúvida. E, para um jogo, ter um gameplay que funciona é essencial.
Nota: 8,5 - Sistema de combate complexo e profundo, viciante e, acima de tudo, divertido. Alguns irão lamentar a perda do "mundo aberto", mas no fim não fez muita diferença. Perfeito para se jogar, seja com amigos ou sozinho.

Vica ligado no corte jae.
Comentários finais - Naruto Ultimate Ninja Storm 2 é, sem sombra de dúvida, o melhor jogo baseado em um anime que já deu as caras por aqui. O jogo consegue chegar perto da perfeição - tendo em mente no que ele se baseia - e vai agradar não apenas aos fãs e simpatizantes do personagem, mas também aos amantes de um bom e velho jogo de luta. Se você jogou o primeiro e achou impressionante, sugiro que dê uma olhada nesse, pois vai gostar.
Nota: 8,8 - Nova aventura impressiona em todos os sentidos e de todas as maneiras. Consegue superar o primeiro, sendo o melhor jogo de Naruto. De todos. Recomendado!

----
Confira o gameplay de uma boss battle:



Gostou? Gostaria de ver algum jogo analisado aqui? Comente!
Ps.: Se você comentou, espere. Seu pedido será atendido assim que tivermos terminado o jogo pedido e não tivermos nenhum lançamento na lista de análises futuras.

Leonardo P.